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Tomate

21/01/2010
Tomate apodrece no pé com o excesso de chuva 21/01 - Doenças provocadas pela umidade comprometem a qualidade e reduzem a produção em mais de 50% Marco Martins, correspondente em Santo Antônio da Platina No Norte Pioneiro do Paraná, são os produtores de tomate e feijão que registram os maiores prejuízos com o excesso de chuva. Há três semanas a precipitação não dá trégua, o que tem tornado o trato da lavoura mais difícil, principalmente por conta da incidência de doenças. A situação é mais grave nos pomares de tomate em Wenceslau Braz, principal produtor da região e um dos maiores do Paraná. Em situação normal, a chuva sempre é bem-vinda na cultura, explica o técnico em agropecuária da prefeitura de Wenceslau Braz, Luis Tortini. Porém, com o excesso de água as lavouras estão apresentando doenças que comprometem a qualidade do fruto. “A chuva em excesso faz com que o cálcio e os demais nutrientes fiquem muito diluídos na terra. Então a planta acaba absorvendo uma quantidade menor, o que causa o aparecimento de deficiências na fruta, como podridão e manchas necrosadas. Outro efeito causado pelo excesso de umidade é a dificuldade de polinização”, explica o técnico. Com o aparecimento de doenças, os produtores também tiveram que investir mais em defensivos, o que deixou o custo de produção das lavouras 15% mais caro. A região de Wenceslau Braz tem quase duas dezenas de produtores de tomate. A safra projetada para esse ano era de mais de 17 mil toneladas, o que representaria 70% da produção total do Norte Pioneiro. No entanto, com as chuvas das últimas semanas a queda deve ficar entre 60% e 70%. O levantamento mais otimista do Depar­­tamento de Economia Ru­­ral (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) é que a produção atinja apenas 7 toneladas. Para o produtor César da Silva Fonseca, a exuberância dos seus pomares de tomate se transformaram em decepção. A poucos dias de iniciar a colheita dos 75 mil pés de sua propriedade, ele deve descartar quase 50% da produção projetada no plantio, que era de quase dez toneladas. “Tivemos uma perda considerável. Desmanchamos três áreas. Só nos resta começar novamente”, desabafa.
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