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Produtor em Mato Grosso está mais vigilante para praga na soja

21/12/2009
O medo de que a praga da ferrugem asiática se espalhe pela produção de soja em Mato Grosso fez com que o produtor rural se mobilizasse. Números divulgados nesta sexta-feira pela Associação de Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) mostram que da safra passada para este ano houve uma aumento de 12 para 82 amostras entregues por produtores rurais para análise. Esse aumento representa um crescimento de 700%. Segundo da Embrapa Soja, o Consórcio Antiferrugem identificou o primeiro foco de ferrugem asiática da soja em lavoura comercial da safra 2009/2010, no município de Pedra Preta (MT). O foco, confirmado pela Aprosoja, membro do Consórcio Antiferrugem, está em uma lavoura que foi semeada na primeira quinzena de setembro. “A Aprosmat é a única instituição que está recebendo as amostras na região de Rondonópolis. Estamos recebendo pedidos de teste de produtores, consultores técnicos e empresas revendedoras de defensivos agrícolas”, finaliza a coordenadora do laboratório. Com o início do plantio da safra 2009/10 a associação está auxiliando a Aprosoja na realização do Projeto Antiferrugem. A finalidade é identificar os possíveis focos de Ferrugem Asiática e monitorar o avanço em lavouras do sul de Mato Grosso. A Aprosmat disponibilizará o corpo técnico para realizar as análises das amostras encaminhadas pelos produtores até março de 2010. De acordo com a coordenadora do laboratório de análises da Aprosmat, engenheira agrônoma, Denise Meza Miranda as amostras terão que ser armazenadas em embalagens plásticas. “Depois da análise os dados serão enviados para a Aprosoja, afim de que se possa elaborar um diagnóstico atual da doença no Estado e posteriormente elaborar estratégias de combate a doença”, explica Denise Miranda. A ferrugem asiática é causada pelo fungo (Phakopsora pachyrhizi) e foi constatada pela primeira vez no Continente Americano no Paraguai, em 5 de março e no Estado do Paraná, em 26 de maio de 2001. Na safra 2001/02 apresentou grande expansão atingindo os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. A doença é favorecida por chuvas bem distribuídas e longos períodos de molhamento. A temperatura ótima para o seu desenvolvimento varia entre 18o-28oC. Em condições ótimas, as perdas na produtividade podem variar de 10% a 80%. Estima-se que mais de 60% da área de soja do Brasil foi atingida pela ferrugem na safra 2001/02, resultando em perdas de 112.000 t ou US$24,70 milhões. Em contrapartida, em Mato Grosso a incidência da ferrugem vem reduzindo nos dois últimos anos por conta da adoção de medidas preventivas. Uma das ações é a prática do Vazio Sanitário, que consiste em não plantar um pé de soja durante 90 dias para eliminar a chamada “ponte verde” e reduzir o risco de transmissão direta da doença.
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