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Os vinhos que vêm do sertão

15/12/2009
Um pouco do sertão nordestino pode estar na mesa dos brasileiros durante as comemorações de fim de ano. São os vinhos do Vale do São Francisco, a segunda maior região vinicultora do País, com características diferentes de qualquer outra parte do mundo. A produção de vinho espumante, branco e tinto do semiárido é favorecida por fatores como clima, vegetação e condições de solo, além das práticas no cultivo da videira, que permitem safras programadas para diferentes épocas do ano. As sete vinícolas dos municípios de Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco, e Casa Nova, na Bahia, processam oito milhões de litros ao ano, transformando a vinicultura em setor importante do Vale do São Francisco. A região também é polo de fruticultura tropical do Brasil, responsável por mais de 97% da uva e 93% da manga exportadas. Os diferenciais da região nordestina estão em fase de estudos para compor o pedido de Indicação Geográfica (IG) dos vinhos produzidos em condições ambientais originais. O termo IG é utilizado por produtores, comerciantes e consumidores para identificar produtos com características e qualidades, a partir do local de origem. A Embrapa Semiárido é a instituição que coordena os estudos para documentar a marca dos vinhos do Vale do São Francisco. De acordo com a pesquisadora Maria Auxiliadora Coelho de Lima, o selo poderá beneficiar toda a região e indicará superioridade dos produtos. “A IG assegura o direito de uso da marca e valoriza comercialmente o produto em relação aos demais da mesma classe”, explica. No Brasil, alguns produtos já receberam a Indicação Geográfica (IG) como o café do Cerrado Mineiro, a carne nos pampas gaúchos, os doces de Pelotas/RS, a cachaça de Paraty/RJ e o vinho do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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