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Abacaxi resistente a pragas ganha o norte

15/12/2009
O abacaxi, fruto tradicionalmente cultivado no Litoral Sul do Espírito Santo, onde estão os municípios maiores produtores estaduais, será produzido também na Região Norte do Estado. As condições de clima e solo favoráveis ao desenvolvimento da planta apontam grande potencial de expansão da cultura em vários municípios do Norte. E o melhor de tudo isso: com bom índice de produtividade. O primeiro passo para consolidar o projeto de expansão da abacaxicultura será dado na próxima quinta-feira, com o lançamento do Polo de Abacaxi da Região Norte do Espírito Santo. O evento acontece no Girassol Country Club, em Pinheiros, a partir das 8 horas. Na solenidade, além das palestras, serão assinados convênios e será feita a entrega de mudas matrizes do abacaxi Vitória. O abacaxi Vitória é uma variedade desenvolvida pelo Instituto Capixaba de Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Além de alta produtividade, a variedade é resistente à fusariose, principal praga que atinge as plantações de abacaxi e que afetou muitas lavouras no Espírito Santo. Os produtores da Região Norte receberão 200 mil mudas para ampliar as lavouras na região e também para reproduzir novas mudas para outros agricultores. Segundo o gerente estadual de Fruticultura, Dalmo Nogueira da Silva, a cultura na Região Norte será expandida a partir dos municípios de Pinheiros, Boa Esperança, Conceição da Barra e Mucurici. A variedade Vitória, explica, além da resistência à fusariose, precisa de pouca água para se desenvolver. Ele explica que em propriedades em que não houver condições para irrigação será possível a produção de abacaxi. Marataízes, Itapemirim e Presidente Kennedy são os maiores produtores de abacaxi do Estado, que tem cerca de 3,5 mil hectares de área plantada. Aproximadamente 85% dos plantios são cultivados em pequenas propriedades com área variando entre 1 a 5 ha, empregando mão de obra familiar. No Sul, explica Nogueira, é comum o arrendamento de terras, antes ocupadas com as culturas de cana-de-açúcar e de mandioca, para o cultivo de abacaxi. O mercado é favorável aos produtores, ressalta o gerente de Fruticultura. Ele lembra que, além do elevado consumo da fruta in natura, há uma forte procura por parte da indústria de polpa e de suco. Segundo Nogueira, a indústria de Trop Brasil, localizada em Linhares, principal fornecedora da indústria de sucos Mais, ainda não está processando abacaxi porque não há oferta do fruto.


Rita Bridi
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