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Boas frutas para o final do ano

01/12/2009
Boas frutas para o final do ano Para dar um toque especial às ceias de fim de ano, nada melhor do que frutas bonitas e de boa qualidade. E o consumidor do Paraná pode ficar tranquilo porque a produção das variedades de época ou de caroço, como são mais conhecidas, está indo de vento e polpa este ano e a previsão é de que os pêssegos, nectarinas e ameixas que chegarem aos mercados estejam bastante saborosos. ''A expectativa é de uma safra cheia este ano'', afirma Paulo Andrade, engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab). Para esta safra, cuja colheita começou em meados de novembro, a expectativa é que o volume ultrapasse as 40 mil toneladas alcançadas no último ciclo. ''As frutas estão atingindo um bom desenvolvimento e não devem ocorrer perdas'', reitera o agrônomo. Os resultados, por sua vez, devem ser comemorados, pois as chuvas fortes e intensas que atingiram o Estado nos últimos dois meses não prejudicaram a maior parte da plantação. Mas a torcida no momento é para que não ocorram chuvas de granizo, que podem machucar as frutas e comprometer a qualidade do produto. As chuvas, conforme Andrade, até derrubaram algumas flores, quando a safra estava no início, na florada. Porém, como se trata de uma cultura onde acontece o rateio, ou seja, o produtor faz podas e deixa apenas algumas flores para se desenvolverem, as perdas ocorridas na florada foram compensadas. O raleio, acrescenta Andrade, é fundamental para a planta não ficar estressada e as frutas terem mais qualidade. A produção da uva, por sua vez, foi um pouco prejudicada por conta das fortes chuvas que ocorreram no Estado no que se refere à produção. Porém, vai chegar ao consumidor com muito mais qualidade, segundo produtores. Em Marialva, principal município produtor da fruta, a queda no volume produzido será em torno de 30%, mas pelo fato de terem ficado menos cachos nos parrerais, eles estão maiores e mais adocicados, conforme explica Valdinei Cazelato, secretário municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Turismo. Conforme Andrade, em alguns lugares, como houve atraso no plantio, a maior parte da produção do Paraná só deverá chegar ao mercado no início de janeiro. ''As condições climáticas no pós poda, no primeiro semestre, atrapalharam o início da produção'', pontua o agrônomo, explicando que os produtores fizeram a poda em julho e ficaram esperando o perído da seca, normal em agosto, que não chegou. Conforme ele, nesse sistema de podas ocorrem duas safras ao ano, normalmente com colheitas nos meses de maio e junho e depois no final de novembro e dezembro. No Paraná são produzidas uvas de mesa finas - itália, rubi e benitaka - rústicas, como a niagara, e também uvas para produção de vinho e suco. Ao todo, o Estado tem produzido em média 110 mil toneladas de uva. De acordo com Andrade, historicamente desde o ano 2000 a produção de frutas tem registrado crescimento no Estado anualmente, com médias de 4,5%. Na safra de 2008 o Paraná colheu 1,5 milhão de toneladas, em 2009, 1.570 milhão de toneladas e a safra 2010 - que começa agora mas encerra apenas no próximo ano - tem previsão de crescimento. As variedades cítricas - laranja, tangerina e limão - representam 51% do que o Paraná colhe, seguido de banana com 17%, melancia 10% e uva 7,5%. Porém, a uva tem a maior representatividade na renda agrícola do Estado, cerca de 26%, e os cítricos ficam em segundo lugar com 25%. No que diz respeito às frutas de caroço, o Paraná tem uma área de mais de 3 mil hectares de plantação. A principal área produtora é a Região Metropolitana de Curitiba, especialmente a Lapa. Na região Norte, Congonhinhas e Mauá da Serra são as principais cidades produtoras.


Erika Zanon
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