Foi colhido apenas 2% da lavoura de feijão no RS, mas os produtores estão preocupados com a desvalorização do produto. A safra está estimada em 99,54 mil toneladas, 13% a mais do que as 83,6 mil toneladas de 2008. O preço médio praticado no mercado, de R$ 64,42 a saca, está abaixo do valor mínimo estipulado pelo governo federal, de R$ 80,00. O agrônomo da Emater Dulphe Pinheiro Machado Neto alerta que, em dezembro, quando concentra-se o maior volume da colheita, o preço será um problema. "O produtor precisa se organizar para vender ao governo." A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Feijão já solicitou à União mecanismos para equilibrar o mercado. O presidente do Conselho de Administração do Ibrafe, Marcelo Lüders, informa que foram solicitadas operações de AGF, mas que a câmara busca que o limite de 390 sacas por produtor passe para 750. Para o superintendente da Conab, Carlos Farias, o começo de safra com preço baixo indica que haverá demanda. "Não temos tempo para efetuar operações, mas as ferramentas poderão ser utilizadas a partir de janeiro." A Emater aponta que o plantio avançou na semana, alcançando 91% da área estimada.
