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Café, gado e preservação

22/11/2009
A Fazenda Palmeira, em Santa Mariana, faz parte da Rota do Café. Fundada por suíços, possui estrutura completa desde a produção de mudas, plantio, secagem, armazenagem e beneficiamento de café. Um dos difenciais é que mantém os hábitos - dos pioneiros - de preservação ambiental e ações sociais, como uma biblioteca disponibilizada aos 32 funcionários e também aos visitantes. Para a proprietária Cornélia Gamerschlag, integrar a rota é uma possibilidade de aproximar os meios urbano e rural. ''Muitos conflitos na agricultura têm origem no preconceito. Existe uma falsa ideia de que nós, produtores, somos exploradores. As pessoas que vierem nos visitar vão entender que chegamos onde chegamos com trabalho árduo, de equipe'', diz. Ela acredita que o turismo também pode levar a uma valorização dos que trabalham no campo, incentivando a permanência das futuras gerações na zona rural. Há dez anos, a propriedade já abre as porteiras para um projeto de uma empresa de café da região, permitindo que os funcionários conheçam o processo produtivo na fazenda. ''Como já temos experiência em receber grupos, acredito que os ajustes para a Rota do Café serão pequenos. Talvez tenhamos que treinar funcionários para ajudar no trabalho'', diz Cornélia, que ainda é responsável pela Fazenda Guaicurus, no mesmo município, que também participa da Rota do Café. No local, os visitantes podem pernoitar na pousada que leva o nome da fazenda. Uma terceira propriedade da família, a Fazenda Marimbondo, em Conselheiro Mairinck, foi inserida na Rota do Agronegócio. Com 700 alqueires, a área é referência em pecuária (Nelore PO) de corte e genética e abriga um criatório ambiental, onde é possível encontrar diferentes espécies de cervos e antílopes, onças pardas, cavalos árabes, uma criação de faisões e um clube para prática esportiva de tiro. A proprietária Evelyn Schweizer, irmã de Cornélia, espera aumentar o fluxo de hóspedes e tornar a fazenda mais conhecida. ''Temos um histórico de preservação ambiental e achamos importante dividir isso com as pessoas'', diz. Ela conta que os funcionários já estão acostumados com a presença de turistas, mas devem passar por um treinamento para receber os grupos. ''Essa chance (de treinamento) para eles é uma oportunidade maravilhosa de crescimento'', diz Evelyn. (G.M.)
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