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Apicultura

07/11/2009
"Todo o polén que trouxemos para o Congresso Nordestino de Apicultura foi vendido, na verdade não deu pra quem quis e saímos do evento com várias encomendas e possibilidades reais de novas parcerias comerciais", afirma Jucilene Santana, presidente da Associação Brejo Grandense de Criadores de Abelhas e Artesãos. Ela diz que "é fundamental que o apicultor participe de congressos". "Em eventos como esse é que o apicultor tem acesso a novos horizontes em todos os sentidos, com relação à produtividade, qualidade, preços praticados no mercado. O apicultor sai ganhando, pois consegue realizar novas parcerias comerciais e vai diminuindo o trabalho com os atravessadores", avalia. O depoimento da sergipana Jucilene, que saiu de Brejo Grande para participar do evento em Salvador, é o espelho do que representa para o pequeno produtor rural participar de congressos como esse que está sendo realizado na Bahia. A Associação possui 40 integrantes, 20 trabalham com a apicultura, com destaque para a produção de pólen, e 20 com o artesanato. Durante o congresso, a Associação vendeu 60 quilos de polén. "Nossa capacidade produtiva é de 800 quilos por mês, mesmo assim não conseguimos atender a demanda", diz Jucilene. Além do polén, nos estandes de Sergipe também estavam sendo expostos sabonetes artesanais feitos com mel e vendidos em garrafas de diversos tamanhos. O interessante é que são garrafas PET exclusivas para armazenar mel. "Centenas de pessoas ficaram interessadas em adquirir o produto - o que estava no estande era só para exposição -, mas os contatos do fabricante sergipano foram passados e, com certeza, irá gerar ótimas oportunidades de negócios", explica Marianita Mendonça, técnica do Sebrae gestora do projeto de Apicultura em Sergipe. Congresso Brasileiro de 2010 Já pensando no Congresso Brasileiro de Apicultura do próximo ano, que será realizado em Cuiabá, diretores e gerentes do Sebrae no Mato Grosso participaram de uma reunião com representantes da Confederação Brasileira de Apicultura, Sebrae Nacional, Comissão Científica da Apicultura, além de técnicos do Sebrae dos últimos três estados que realizaram o congresso, que foram Rio Grande do Norte em 2004, Sergipe em 2006 e Minas Gerais em 2008. "Fomos convidados a participar da reunião com o intuito de passar a nossa experiência na realização do evento. Falamos sobre os pontos positivos e demos sugestões que podem melhorar ainda mais o congresso de 2010. Foram discutidos temas como preço para o apicultor, a importâmcia da presença dos apicultores de todo o Brasil no evento, possiveis instituições parceiras e patrocinadoras. Enfim, foi a última reunião de 2009 sobre o evento, pra que em janeiro de 2010 o site já esteja funcionando com todas as instituições parcerias envolvidas e divulgando o congresso", orienta a técnica do Sebrae em Sergipe Marianita Mendonça. Sergipanos apresentam trabalhos Dois sergipanos aproveitaram o Congresso Nordestino de Apicultura para divulgar seus trabalhos científicos. A engenheira florestal Chiara Menezes Donadio apresentou um trabalho sobre o tema "Período de florada de espécies arbóreas com potencial apícola na área de preservação permanente do assentamento Caraíbas", que está localizado no municío de Pacatuba/SE. Segundo Chiara, o objetivo do trabalho foi identificar e determinar espécies arbóreas que tenham potencial apícola para serem utilizadas no processo de reflorestamento do pasto apícola e também para recuperação de áreas degradadas e matas. "O que me motivou apresentar o trabalho no congresso foi a importância de repassar essas informações, esses conhecimentos para os apicultores. Dessa forma eles terão uma idéia de como proceder para identificar espécies que tenham potencial apícola e conhecer o perído de disponibilidade de néctar dessas espécies, visando ao aumento da produtividade", explica Chiara Donadio. Já Adailton Freitas, estudante da Universidade Federal de Sergipe do curso de agronomia, apresentou dois trabalhos no congresso. O primeiro foi sobre "Parâmetros Físico-quimico em mel de Apis Mellifera produzidos em Japaratuba", e o segundo abordou o tema "Avaliação Físico-quimica em mel de Mellipona Scutellaris produzido no município de Estância". "São trabalhos que pesquisam a qualidade do mel dessas duas espécies de abelhas, localizadas em regiões diferentes de Sergipe, uma em Japaratuba outra em Estância. Nossa proposta é avaliar se o mel produzido pelos apicultores estão de acordo com as exigências do Ministério da Agricultura. A Mellipona Scutellaris é a Uruçu, uma abelha nativa. A Apis Mellifera é a abelha africanizada", explica Adailton. A participação dos 54 sergipanos no Congresso Nordestino de Apicultura é uma ação do Sebrae em Sergipe, apoio Federação Apícola de Sergipe e Codevasf. Já o Congresso está sendo realizado pelo Governo da Bahia, Federação Baiana de Apicultura, Sebrae e Flor Nativa.


Bruno Leonel
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