O moinho de trigo da Cooperativa Agroindustrial de Rolândia (Corol) foi inaugurado na sexta-feira(30), em solenidade que reuniu associados e lideranças. A indústria, instaladada às margens da BR-369, entre Rolândia e Arapongas, é considerada uma das mais modernas da América Latina e utiliza tecnologia de uma empresa suíça.
Com capacidade de industrialização de 410 toneladas por dia, o novo moinho tem uma área construída de 12 mil metros quadrados em um prédio de sete pavimentos e já está em plena atividade. Segundo o presidente da Corol. Eliseu de Paula, foram investidos R$ 36 milhões de reais em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O empreendimento gera 80 empregos diretos e 300 indiretos. A inauguração coincidiu com os 46 anos de fundação da cooperativa.
Eliseu de Paula, destacou que o moinho vem fortalecer a tendência de verticalização no setor, ou seja, o fechamento da cadeia produtiva do plantio ao processo de industrialização. ''O produtor torna-se um industrial, e não alguém que produz apenas o grão, mas também a farinha'', afirmou. O moinho, segundo o presidente, priorizará o trigo produzido pelos associados da Corol. O grão é produzido por 25% dos 8 mil cooperados.
A produção vai abastecer indústrias de alimentos, panificadoras e supermercados. Em uma próxima etapa, a Corol pretende montar uma indústria de macarrão, biscoitos e massas de bolo com a farinha produzida em seu moinho.
Para o secretário da Agricultura do Paraná, Valter Bianchini, a iniciativa da Corol tem um significado importante por surgir em um momento de dificuldades na triticultura. Ele referiu-se aos problemas climáticos sofridos pela cultura em 2005, 2006 e 2009. ''A nossa esperança é que 2010 seja pelo menos igual a 2008'', afirmou. Bianchini lembrou que o Paraná é responsável pela produção de mais da metade do trigo brasileiro. A meta do Estado para os próximos cinco anos é chegar a 70%, afimrou.
Durante a solenidade Eliseu de Paula informou que a primeira nota fiscal do moinho já foi emitida em nome da indústria Marilan, de Marília (SP), considerada ''parceira tradicional'' da cooperativa.
Houve também a assinatura de um convênio entre a Corol e o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), que vai pesquisar variedades de trigo mais apropriadas para o norte do Paraná.
