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Milho transgênico

22/10/2009
Abrasem e multinacionais lançam ação para estimular cultivo de parte da área geneticamente modificada com o grão convencional, para garantir qualidade Uma das grandes preocupações em relação ao uso do milho Bt é a possibilidade do aparecimento de geração de insetos resistentes às toxinas produzidas por esse tipo de planta. Na tentativa de evitar o problema, a Abrasem - Associação Brasileira de Produtores de Sementes - e um grupo de empresas produtoras de sementes estão somando esforços para alertar sobre a importância da adoção do refúgio para a cultura de milho transgênico. A campanha, chamada "Plante Refúgio", tem como objetivo incentivar agricultores do país a destinar 10% da área de produção ao milho convencional, em meio ao cultivo de milho Bt. A ação será oficialmente lançada nesta quinta-feira (22/10), às 10h, na capital paulista. Participam da iniciativa, pioneira no país, as companhias Dow AgroScience, Monsanto, Pioneer e Syngenta. O uso de áreas de refúgio é indicado para a preservação da tecnologia transgênica e recomendado em todos os países onde há plantios geneticamente modificados. Segundo a Abrasem, embora as sementes de milho Bt custem mais por saca do que as do grão convencional, o produto oferece ganho médio de produtividade em torno de 15%, redução do custo de produção das lavouras, menor impacto ambiental e melhor qualidade na colheita. Desde o ano 2000, as companhias de sementes mantêm grupos de discussão para tentar organizar o plantio de milho Bt no Brasil. Com a consolidação da campanha, cada empresa deverá utilizar estratégias e canais próprios para esclarecer os produtores sobre a necessidade do refúgio nos cultivos geneticamente modificados. Atualmente, o Brasil tem aprovadas onze variedades de milho geneticamente modificadas, seis de algodão e uma de soja. De acordo com o ISAAA - Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações Biotecnológicas Agrícolas - o país plantou 15,8 milhões de hectares com lavouras transgênicas em 2008, e ocupa a terceira posição no ranking dos maiores produtores de OGMs, atrás apenas de Estados Unidos e Argentina.


Mariana Caetano
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