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Mercado de exportação

10/10/2009
Em setembro, os preços mundiais caíram novamente devido à contração da demanda mundial. Só nas Filipinas, principal importador mundial, com 2,7 milhões de toneladas previstos em 2009, mantém uma demanda significativa. Em meados de setembro, os preços asiáticos se reafirmaram levemente, apoiados por políticas intervencionistas dos principais países asiáticos. Não obstante, esta alta poderia ser de curta duração se a confirmação da venda de parte dos estoques públicos da Tailândia for confirmada. Em setembro, o índice OSIRIZ/InfoArroz (IPO) caiu 5,8 pontos para 219,5 pontos (base 100 = janeiro 2000) contra 225,3 pontos em agosto. Produção e comércio mundiais Em 2009, a produção mundial poderá cair 3% para 668 milhões de toneladas de arroz em casca (450Mt base arroz branco). Estas estimativas levam em conta as más condições na Índia. A redução na produção arrozeira afetaria uma boa parte da região Sul asiática, a qual representa 30% da produção mundial. O comércio mundial em 2009 deve aumentar levemente para 30,5Mt. A queda das exportações indianas deve beneficiar diretamente os exportadores tailandeses e vietnamitas. Se observa também a consolidação de novos países exportadores, como Birmânia (Myanmar), Camboja e Brasil. Os estoques mundiais no fim de 2009 devem aumentar, apesar da redução das reservas indianas, para 114Mt contra 109Mt em 2008, alta de 4%. Estas reservas representam 25% das necessidades mundiais contra 24% em 2008. Mercado de exportação Na Tailândia, os preços baixaram 4% em setembro, totalizando uma queda de 8% durante os três últimos meses. Os preços podem continuar fracos com a comercialização de uma parte das existências públicas. Esta medida busca aumentas as disponibilidades exportáveis para compensar a ausência relativa da Índia nos mercados de exportação. As previsões de exportação em 2009 foram revisadas para 9Mt. Em 2010, estas podem ultrapassar as 10Mt. Em setembro, o Tai 100%B marcou US$ 538/t Fob contra US$ 560 em agosto. O quebrado A1 Super também caiu para US$ 305/t contra US$ 310/t em agosto. No Vietnã, os preços de exportação caíram entre 4 e 5%. O governo busca aumentar as disponibilidades para estabilizar os preços internos. As exportações continuam ativas, alcançando 50% a mais que no mesmo período de 2008. Elas poderiam chegar pela primeira vez a 7Mt em 2009. Em setembro, o Viet 5% marcou US$ 380/t contra US$ 401/t em agosto. O Viet 25% baixou US$ 14 para US$ 326/t, contra US$ 340 em agosto. No Paquistão, ao contrário dos outros mercados, os preços se reafirmaram 2% devido a uma produção menor e a disponibilidades relativamente escassas nos próximos meses. Em setembro, o Pak25% ficou em US$ 348/t contra US$ 340 em agosto. Na Índia, as autoridades nacionais prolongaram as medidas de veto às exportações de arroz não aromático em função da queda de 15% na produção. As chuvas tardias nas principais regiões arrozeiras do país são a causa das menores colheitas deste ano. As exportações em 2009 (principalmente de arroz aromático) não devem ultrapassar 1,5Mt contra 2,7Mt em 2008. Nos Estados Unidos, os preços de exportação baixaram levemente 0,5%, depois de uma série altista durante os três últimos meses. O ritmo das exportações, todavia, está fraco. Na Bolsa de Chicago, os preços futuros para novembro continuam orientados para baixo. Em setembro, o arroz Long Grain 2/4 marcou US$ 543/t contra US$ 545/t em agosto. No Mercosul, os preços de exportação se reafirmaram levemente após grande período de estabilidade. No Brasil, os preços internos subiram de 2% a 3% durante o mês de setembro. O mercado interno começa a antecipar as altas esperadas a partir do mês de outubro. Na África, as previsões de produção foram revisadas para cima. A crise dos preços mundiais em 2008 e a revalorização dos preços internos parecem ter estimulado o incremento das áreas arrozeiras. A demanda de importação permanece quase sem alteração em 2009. No Egito, as autoridades nacionais desmentiram a decisão de liberar as exportações este ano. Incertezas persistem sobre o retorno deste para o mercado de exportação. CIRAD - Osiriz/InfoArroz
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