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Ribeirão/SP queima 873 mil "Maracanãs" de cana

22/03/2010
720 mil Total de hectares colhidos manualmente na safra 2009/10 na região 956 mil É o total de hectares de cana, na mesma safra, que teve colheita mecanizada DA FOLHA RIBEIRÃO A quatro anos do final do prazo estipulado pelo Protocolo Agroambiental, que prevê a extinção das queimadas de cana-de-açúcar no Estado, a região de Ribeirão, mais tradicional produtora do país, ainda está longe de cumprir a meta e teve, na safra 2009/10, área disponível para queima equivalente a 872.968 campos de futebol como o Maracanã (8.250 m2). Dados da Secretaria de Estado do Meio Ambiente referentes ao fim da safra mostram que a mecanização na colheita avançou, mas que ainda há áreas extensas da cultura com a necessidade de emprego da queima. A média de mecanização de São Paulo é de 55,80%, mas há regiões em que não passa de 45%, como Marília. A região administrativa que lidera o ranking é Barretos, com 61,70%, seguida pela Central (inclui São Carlos e Araraquara), com 61%. Em Ribeirão, a sexta do ranking, o índice é de 56,60% e em Franca, de 51%. As áreas colheram 956.106 hectares de forma mecanizada na última safra, ante 720.199 de forma manual. Desse total, algumas áreas foram cortadas sem o emprego do fogo, mas não há dados disponíveis. O diretor da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar) Sérgio Prado disse que o setor prevê investir US$ 30 bilhões nos próximos quatro anos em máquinas e ampliação das fábricas, para acabar com a queima. "As usinas precisam investir porque têm o compromisso de cumprir o protocolo. É um investimento que teve queda na época da crise, mas que continua sendo feito." O protocolo agroambiental prevê a extinção da queima da palha da cana em 2014 em áreas mecanizáveis e em 2017 para locais não-mecanizáveis. A adesão é voluntária. Para o presidente da Usina Batatais, Bernardo Biagi, o custo elevado da mecanização é justificado em médio prazo. "Na comparação do corte mecânico com o manual, o primeiro sai mais barato. Com a tecnologia, as máquinas evoluíram e têm bom desempenho." A usina tem índice de mecanização de 87% e emprega 360 cortadores de cana. Sem a mecanização, Biagi estima que teria 2.000 boias-frias. Para o promotor do Meio Ambiente Marcelo Goulart, o índice de queima ainda é elevado e o avanço da mecanização é decorrente da pressão da Promotoria e da sociedade. "Temos centenas de ações pedindo a redução da queima. Isso é discutido desde a década de 1990 e está longe da situação ideal." De 1,67 milhão de hectares plantados, 720 mil ainda são colhidos manualmente; usina diz que investe para reduzir queima Regiões de Ribeirão Preto, Franca, Barretos e Central colheram 956.106 hectares de cana-de-açúcar de maneira mecanizada
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