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Manejo é impecilho para inseminação

14/03/2010
No Brasil, apenas 8,5% das vacas foram inseminadas em 2009; tecnologia permite que botijões com Nitrogênio líquido sejam enviados pelos Correios ''O Brasil tem toda a capacidade para produzir carne e leite a um preço muito bom. E quanto mais profissional for o produtor, mais ele vai exportar''. A opinião é de um holandês, Vladimir Walk, presidente da CRV Lagoa, de Sertãozinho (SP), maior central de inseminação artificial da América Latina e que faz parte da holding CRV, da Holanda e Bélgica. A empresa vende sêmen para mais de 60 países. Entre setembro de 2008 e setembro de 2009 faturou 135 milhões de euros no mundo todo. No Brasil, de acordo com dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Abia), as doses de sêmen comercializadas passaram de 2,5 milhões de doses em 1989 para 8,2 milhões em 2008. Porém, esse número representa que apenas 8,5% das vacas do país foram inseminadas no ano do último levantamento divulgado pela Abia. Colocando os números na ponta do lápis, o resultado da conta mostra que é mais vantagem para o pecuarista investir em sêmen de qualidade do que gastar um bom dinheiro em um reprodutor, que vai trabalhar bem cobrindo de 25 a 30 vacas. Com R$ 3 mil é possível comprar o material para armazenamento e para o processo de inseminação. Doses de esperma de bons touros custam R$ 15. Se a opção for por um campeão de reprodutividade, como o touro backup, o valor aumenta para R$ 35. Fora dos padrões está o 1646 da MN, que já morreu: R$ 1.400,00 a dose. A tecnologia já permite que botijões com Nitrogênio líquido, que mantém temperatura de -196ºC, sejam enviados pelos Correios, via Sedex, para propriedades a centenas de quilômetros de Sertãozinho. Além disso, é possível comprar esperma de touros com característica genéticas adequadas para cada rebanho. Além, vai o laboratório de sexagem, que consegue separar, com eficácia superior a 80%, gametas masculinos de femininos. O que emperra um crescimento maior de produtores optando por inseminação é o manejo, que não é complicado. Um funcionário bem treinado e um curral adequado praticamente resolvem o problema. O Paraná, por exemplo, responde por apenas 10% do faturamento da CRV lagoa. Daí a empolgação dos executivos da empresa, que veem muito espaço para crescimento e já desenvolvem um programa para um futuro próximo que visa oferecer, além do sêmen, o manejo total para o produtor. ''O Paraná tem uma genética fantástica, que está entre as melhores do Brasil. Hoje temos uma parceria importante com os produtores de gado holandês para leite de Carambeí, Arapoti e Castro. Mas ainda há muito espaço para crescimento'', comenta Antônio Bosco de Rezende, gerente comercial da empresa. (W.S.) Folha de Londrina
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