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Produção do Rio Grande do Norte diminui 73%

07/10/2010
A produção agrícola do Rio Grande do Norte em 2010 deverá ser cerca de 73% menor do que a registrada em 2009, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar disso, o consumidor das maiores cidades do estado não deverão sentir impacto no preço dos alimentos, uma vez que a maior parte do que é produzido no estado é a partir de culturas de subsistência. De acordo com avaliação do IBGE, a acentuada redução nas estimativas de quase todos os produtos que compõem o LSPA foi provocada pela irregularidade nas chuvas que caíram no Rio Grande do Norte durante este ano. Além disso, as maiores reduções nas safras ocorreram nas mesorregiões Central Potiguar e Oeste Potiguar, nas quais a produção originada da colheita das lavouras de subsistência já foram concluídas em 2010. Para todo o ano, é esperada uma produção de 25.509 toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, contra as 94.573 toneladas obtidas em 2009. Dessa forma, a safra de 69.064 toneladas a menos representa uma redução de 73% no volume ao longo de 2010, em comparação com o ano passado. O supervisor estadual de pesquisas agropecuárias do IBGE, Elder de Oliveira Costa, acredita que a diminuição no volume produzido não provocará aumento nos preços cobrados nas maiores cidades potiguares. Assim, o mais provável é que muitos consumidores nem percebam que houve uma produção menor. “O feijão, o arroz e o milho que são produzidos aqui no estado não abastecem o mercado local. Como o estado é importador desses produtos, o preço deverá permanecer o mesmo, ao longo dos próximos meses”, avalia. De acordo com o supervisor do IBGE, boa parte da produção do estado é voltada à agricultura de subsistência, tendo grande importância produtos como arroz, milho e feijão. Dentre as culturas de cereais, leguminosas e oleaginosas, a estimativa é de que seja plantada uma área de 48 mil hectares, caracterizando uma redução de 64% em relação a área colhida em 2009, que foi de 137 mil hectares. Para o próximo ano, Costa afirma que a situação não deverá se repetir, uma vez que são esperadas boas chuvas para o estado. 2009 Elder Costa lembra que a produção em 2009 também foi inferior à registrada em 2008. Entretanto, a situação era inversa, com regiões do estado passando por alagamentos e produtores temendo perder a área já plantada. “Nessa época do ano, os agricultores já deveriam ter plantado muito milho e feijão, mas como choveu pouco até agora, não é isso que vemos aqui no estado”, destaca Elder Costa. Preço dos Hortifrutis deve subir nos próximos meses Ao contrário da previsão feita pelo IBGE, em relação aos grãos, a Central de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Ceasa) espera um aumento no valor pago pelos consumidores para adquirir hortifrutis, como tomate e banana. O chefe da Divisão de Mercado da Ceasa, Moisés Caetano, afirma que a expectativa para os próximos meses é de alta no preço desses produtos, tendo início já a partir da segunda quinzena de outubro. Ele explica que a tendência de aumento no preço deverá se prolongar até meados do próximo ano. Para o chefe da Divisão de Mercado, a cobrança de valores mais altos por esse grupo de alimentos será reflexo de uma redução no volume dos produtos. “O preço mais alto dos produtos vai começar a ser percebido a partir de agora, mas o comum é que os volumes fiquem menores mesmo ao longo do primeiro semestre de cada ano”, conta. De acordo com Moisés Caetano, a região da Grande Natal recebe apenas 35% do volume de produtos agrícolas comercializados no Rio Grande do Norte. Destes, a Ceasa é responsável por 70% dos hortifrutis negociados na capital do estado. Em relação à avaliação feita pelo IBGE, Caetano diz que a Ceasa comercializa uma quantidade de grãos muito pequena. Portanto, não seria possível fazer uma análise a respeito do preço desses produtos. Tribuna do Norte
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