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Custo médio de plantio de soja cai 19,74% em MT

01/10/2010
Pelo menos na teoria ano promete ser bom com custos menores e preços em alta, porém La Niña assombra o campo e promete perdas Plantar soja pode ficar cerca de 19,74% mais barato em Mato Grosso, na safra 10/11. O custo médio operacional, que leva em conta dois itens básicos, os “insumos” (sementes, fertilizantes e defensivos) e as “operações agrícolas” (representadas pela mão-de-obra, preparo do solo, adubação e semeadura, aplicações de defensivos, aplicação aérea, capina, colheita e manejo pós-colheita), recuará de R$ 1,17 mil para R$ 944 por hectare. O recuo nos investimentos necessários à formação das lavouras foi motivado pelas quedas de preços do item insumos: sementes, fertilizantes e defensivos. O levantamento foi divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) após o período de aquisições de insumos e preparo da terra para o plantio do ciclo 10/11, aberto no último dia 16, mas ainda barrado pela falta de chuvas nas principais regiões produtoras do Estado. O atraso no início do novo ciclo completa hoje 15 dias. De acordo com o estudo, as despesas com insumos nesta safra vão cair de R$ 990,67 para R$ 768,38 por hectare (ha), representando uma redução de 22,44% na comparação com a safra 09/10. Já os custos com operações agrícolas ficarão 5,36% menores este ano (R$ 176,30) ante os R$ 186,27 mil gastos em cada hectare na safra passada. Para chegar aos indicadores do custo médio de produção de soja, em Mato Grosso, foi necessário ponderar os custos regionais de acordo com a área plantada e com a evolução mensal da comercialização de insumos. A mesma metodologia foi aplicada para apurar os números da safra 09/10, possibilitando a comparação de custos entre as duas safras. O levantamento do Imea foi realizado nas cinco regiões produtoras do Estado, definidas pelos polos sudeste, nordeste, centro-sul, oeste e médio norte. Das regiões pesquisadas, o médio norte apresenta o menor custo médio operacional de produção para a nova temporada, R$ 895/ha, contra R$ 1,12 mil na safra 09/10, recuo de 20,51% na comparação entre os dois ciclos. Os insumos responderam por R$ 717 dos custos nesta safra e, operações agrícolas, R$ 178. Na safra passada, estes dois itens ficaram, respectivamente, com R$ 991 e R$ 194 dos custos operacionais. A região com o segundo menor custo de produção para o cultivo da soja no Estado é a nordeste, com R$ 936,68/ha na safra 10/11, representando redução de 19,79% em relação aos custos da safra anterior, R$ 1,16 mil. Nesta safra, o produtor irá desembolsar R$ 780 por hectare para pagar insumos e, R$ 156, para operações agrícolas. Os custos operacionais na região centro-sul estão bem próximos dos custos da região nordeste, com R$ 945/ha, sendo que os insumos representam R$ 771 e, operações agrícolas, R$ 174. No ano passado, os custos médios atingiram o montante de R$ 1,15 mil, 18,22% maior que as despesas na safra 10/11. MAIS CARO - Com custo médio de R$ 961, a região oeste do Estado apresenta o segundo maior desembolso por hectare para o plantio de soja. Na safra 10/11, o produtor vai gastar 18,19% a menos que no ciclo 09/10, que teve custo estimado em R$ 1,17 mil. Os insumos vão responder por R$ 782 dos gastos e, as operações agrícolas, R$ 179. Na safra passada, os valores desembolsados pelo produtor foram, respectivamente, de R$ 1 mil e R$ 173. Com a melhor localização geográfica e com a melhor logística para o transporte da produção, a região sudeste é a que apresenta o maior custo operacional para o plantio da soja na safra 10/11, conforme levantamento do Imea. Mesmo assim, os custos vão baixar 14,46%. Na safra passada, o produtor desembolsou R$ 1,27 mil para plantar um hectare de soja. Este ano, a despesa cairá para R$ 1,09 mil. Só para o pagamento de insumos, o produtor irá desembolsar este ano R$ 838, contra R$ 1,07 mil na safra passada. Já as despesas com operações agrícolas vão recuar de R$ 201 (safra 09/10) para R$ 180, no ciclo 10/11. (Veja quando acima) ESTUDO – Ainda segundo o Imea, até o dia 20 deste mês, 100% das sementes, fertilizantes e defensivos já estavam adquiridos pelos sojicultores. O levantamento detalha também que 75% das sementes foram pagas à vista e 25% para vencimento durante a safra. Com relação ao defensivos a proporção é inversa: 10% foram quitados à vista e 90% para pagamento na safra, porém, do volume a vencer, 48% será pago mediante a troca por sacas de soja. Já os fertilizantes foram negociados da seguinte forma: 40% à vista e 60% na safra. Conforme o Instituto, a região médio norte é que a concentra a maior produção da oleaginosa, 39%, ou 2,46 milhões de hectares de uma área total estimada em 6,24 milhões, 0,4% acima do registra no ciclo passado. (Colaborou Marianna Peres/Da Editoria) Diário de Cuiabá Autor: Marcondes Maciel
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