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Doenças

29/06/2009
As doenças das abelhas podem ser divididas em dois grupos: doenças da cria e doenças das abelhas adultas. A varrose incide nos dois grupos. As doenças das larvas são doenças que matam as larvas, impedindo a reposição das abelhas da colméia e provocando um enfraquecimento dos enxames. As principais são: Cria Pútrida Européia: é atribuída ao Bacillus Alvei, associado ao Bacillus Pluton, Streptococus, Apis Bacillus Orpheus, Bacillus Eurydice e Bacillus Laterosporous. Se caracteriza pela presença de larvas mortas com coloração escura em alvéolos não operculados, cheiro pútrido de larvas e favos de crias apresentando muitas falhas. Muitas vezes não se nota a presença de larvas mortas, pois algumas linhagens tem o costume de remover as larvas anormais como medida de segurança. O tratamento é bastante simples e consiste na aplicação de Terramicina TM-25, que pode ser aplicado a seco ou num xarope de subsistência. Micoses: são causadas por fungos principalmente dos gêneros Aspergillus e Ascophaera e afetam somente as larvas. Após serem ingeridos os fungos se desenvolvem rapidamente e acabam tomando todo o organismo, acarretando a morte. As larvas mortas apresentam um aspecto bolorento ou granuloso conforme o caso. Cria ensacada: é uma doença causada por vírus, que ataca as larvas das operárias, eventualmente zangões, porém nunca rainhas. Não esta muito disseminada e dificilmente acarreta danos à colméia. Existem diversas doenças que afetam as abelhas adultas, as principais são: Acariose: doença causada pelo ácaro Acarapis wood, que se multiplica na traquéia principal das abelhas e se alimenta de hemolinfa através de orifícios que são abertos na parede de traquéia. As abelhas ficam debilitadas pela ação de toxinas liberadas pelos ácaros quando estes se alimentam, e ficam impossibilitadas de voar, pois ficam com as asasdesconjuntadas.As abelhas doentes apresentam ampola retal entumecida, pela falta de vôos de higiene, os intestinos das abelhas apresentam coloração normal e não são frágeis como no caso da nosemose. Provoca a morte das abelhas com mais de quinze dias e pode exterminar a colônia em menos de dois meses. O tratamento mais comum é feito com nitrobenzeno ou salicilato de metila e cartões de enxofre. Nosemose: doença causada por um protozóario intestinal microscópico chamado Nosema Apis Zander. A contaminação ocorre normalmente através das águas poluídas próximas do apiário, pelas fezes de abelhas contaminadas, assim como por outros insetos, como as borboletas e as vespas ou ainda pode ocorrer pelo próprio vento. Os sintomas externos são muito parecidos com os da acariose, podendo-se as vezes distinguir quando as abelhas apresentam diarréia. Um exame prático que pode ser feito no próprio apiário é o teste da fragilidade e coloração do intestino, que consiste em pegar uma abelha ainda viva, e com o auxilio de uma pinça pegar a ponta do abdômen e puxar os intestinos para fora, se eles apresentarem coloração branca e se quebrarem facilmente ao puxar, é um sintoma calro de nosemose. O único antibiótico que apresenta eficiência no tratamento da nosemose, sem causar danos para as abelhas é a fumagilina, que é vendido comercialmente como Fumidil-B. Varrose: ataca tanto as crias quanto as abelhas adultas e pode matar o enxame e, dois ou três anos, quando o número de varroas pode chegar a 10000. É causada pelo ácaro Varroa jacobsoni de origem indiana onde não causava danos, devido a resistência natural adquirida pelas abelhas indianas. A Apis melifera não possui essa imunidade, e o ácaro veio a causar enormes prejuízos a apicultura mundial, se adaptando rapidamente a novos climas e meio ambientes. As fêmeas efetuam a postura em células ainda abertas dos favos, com ovos e larvas. Dentro das células o ácaro completa o seu ciclo e quando sai passa a viver fixado pelas patas nas abelhas. Possuem coloração marrom e podem ser vistos facilmente nas abelhas com o auxilio de uma lupa. O controle é muito difícil pois os parasitas se desenvolvem em células fechadas e o ciclo dura metade do ciclo da abelha. Existem diversos produtos para o combate da varroa, todos aplicados através de fumigações, e o controle deve ser continuo para evitar que seja reativada a disseminação do ácaro.
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