Safrinha de milho e arroz
27/10/2009
Conscientes de que o sucesso da produção depende diretamente de um planejamento e diante das boas expectativas para produção de grãos, que deve ultrapassar 140 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os agricultores já começam a pensar na nova safra que se inicia no começo do próximo ano. E na chamada safrinha, os agricultores, principalmente dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, que mais plantam milho nessa época, têm à disposição um novo aliado: o primeiro inoculante para as culturas de milho e arroz. Lançado recentemente pela Stoller do Brasil, a inovação apresenta potencial para economizar no nitrogênio químico aplicado na cultura, além de proporcionar um aumento significativo na produtividade.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Soja, Mariângela Hungria, o uso de inoculantes no processo de fixação biológica do nitrogênio nas gramíneas pode registrar uma redução de gastos na ordem de US$ 1,5 bilhão ao ano. O Masterfix Gramíneas contém a bactéria Azospirillum brasilense, pesquisada pela Embrapa e selecionada pela Universidade Federal do Paraná, que fixa o nitrogênio do ar e libera amônio nas raízes das gramíneas. Aplicadas no solo com as sementes do arroz e do milho, as bactérias presentes no produto transformam o nitrogênio do ar em forma assimilável pelas plantas. A cada nova semeadura o agricultor deve aplicar o inoculante, pois a quantidade de bactérias que permanece no solo de uma cultura para outra é insuficiente para se obter aumentos de produtividade, explica o engenheiro agrônomo Solon de Araújo.
Similar à inoculação da soja, o Masterfix Gramíneas deve ser utilizado junto às sementes antes do plantio. O insumo foi pesquisado e desenvolvido durante três anos pela Stoller do Brasil, multinacional que está no país há mais de 35 anos, e por pesquisadores de entidades e órgãos oficiais que levaram, em média, 8 anos para o desenvolvimento do primeiro inoculante brasileiro com eficiência comprovada em gramíneas e recentemente registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Desde 2003 foram realizados experimentos em campos com diferentes condições de solos e climas, inicialmente, em culturas de milho e trigo. Os resultados mostraram que, a inoculação por Azospirillum promoveu um aumento na produção de grãos de milho em cerca de 25% e no trigo cerca de 11%. Esses experimentos permitiram uma apresentação de resultados por pesquisadores da Embrapa Soja na reunião da Relare - Rede de Laboratórios para a Recomendação, Padronização e Difusão de Tecnologia de Inoculantes Microbianos de Interesse Agrícola, na qual as estirpes foram aprovadas para uso na produção de inoculantes comerciais.
As informações são de assessoria de imprensa.