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Agronegócio

28/06/2014
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro apresentou expansão de 0,57% em março, acumulando alta no primeiro trimestre de 1,01%. Com o resultado, a expectativa de renda para o ano ficou em R$ 150,6 bilhões. Desse total, R$ 77,6 bilhões ou 51,54% serão provenientes da agricultura e R$ 72,9 bilhões ou 48,46%, da pecuária. Pela primeira vez no ano, o PIB da agricultura apresentou resultado positivo, com crescimento de 0,08% em março. Com o incremento no PIB estadual, a participação de Minas Gerais na composição do PIB nacional subiu de 12,98%, em 2013, para 13,10%, em 2014. O PIB do agronegócio de Minas Gerais é calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com apoio financeiro da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). De acordo com o relatório do Cepea, em março, pela primeira vez no ano, o PIB agrícola apresentou pequena alta, de 0,08%, fazendo com que o índice acumulado no primeiro trimestre encerrasse o período com uma queda de 0,44%. Até fevereiro, a retração era de 0,54%. O resultado observado no PIB mensal da agricultura só não foi mais favorável devido ao desempenho negativo do segmento primário, que encerrou março com queda de 0,38%. A retração foi, em parte, compensada pelo crescimento dos demais segmentos. Insumos agrícolas cresceram 0,69%, distribuição, 0,10% e indústria 0,25%. A taxa negativa observada no segmento primário ocorreu pelo fato de que produtos com grande representatividade no Estado apresentaram desvalorização. Entre as maiores quedas estão o café, que encerrou março com retração de 5,77% no faturamento, seguido pelo milho (22,75%), pela cana-de-açúcar (12,98%), feijão (41,22%), a batata-inglesa (27%), o tomate (21,35%) e a banana (2,48%). A justificativa dos pesquisadores do Cepea para o fraco desempenho foi a condição climática desfavorável ao longo do primeiro trimestre do ano que prejudicou a produtividade e a qualidade da produção. Apesar dos resultados negativos, alguns produtos tiveram desempenho favorável em março. A soja, por exemplo, apresentou expansão de 2,77% no faturamento, seguida pela mandioca (25,8%), laranja (59,05%) e algodão (16,44%). No caso destes produtos, a valorização dos preços justifica a alta. Pecuária - No segmento da pecuária, o levantamento do Cepea estimou um crescimento no PIB de 1,1% em março de 2014, mantendo o bom desempenho verificado no primeiro trimestre, quando foi observada alta de 2,6%. Com o incremento, o PIB da pecuária foi estimado em R$ 72,9 milhões. Os pesquisadores alertam que os resultados da pecuária podem sofrer modificações ao longo dos próximos meses, já que o resultado de março ainda não contemplou as expectativas de produção de algumas atividades do ramo, que estavam indisponíveis até o fechamento do relatório. De acordo com dados do Cepea, todos os segmentos da pecuária mantiveram os resultados em alta ao longo de março. No setor de insumos, foi observada ligeira alta de 0,1%, enquanto indústria, distribuição e básico registraram elevações de 1,5%, 1,23% e 1,09%, respectivamente. O avanço de 1,09% no segmento primário da pecuária teve como base a alta de 5,32% verificada nos valores da produção. Com relação às expectativas de produção, somente os dados da pecuária de leite foram considerados, já que as demais não foram divulgadas até o fechamento desse relatório. De acordo com o Cepea, a atividade leiteira registrou aumento de 17% em volume com relação ao mesmo período do ano anterior, apesar da seca ocorrida nas principais regiões produtoras neste primeiro trimestre. Os preços do litro de leite encerraram o trimestre com incremento de 5,42% fazendo com que o faturamento do produto ficasse 23,35% superior. O valor do boi cresceu 12,14% e de vacas 12,52%. Já suínos, frango e ovos apresentaram recuo nas cotações, de 5,89%, 19,82% e 11,56%, respectivamente. Diário do Comércio Autor: Michele Valverde
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