Produção de algodão está mais resistente em mato grosso
Produtores de algodão em Mato Grosso devem ter menor prejuízo no próximo plantio em relação às pragas, já que o
Instituto Mato-grossense do Algodão (IMA/MT), braço tecnológico da Associação Matogrossense dos Produtores de
Algodão (Ampa), obteve o registro de 2 cultivares geneticamente modificadas junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Inicialmente as sementes não serão suficientes para todos que plantam, mas esta aprovação é um fator importante para se obter a multiplicação das novas variedades e a possível disponibilização para a safra 2013/2014. Já no plantio 2014/2015 esperamos suprir a necessidade de todos, analisa o diretor executivo do IMA, Alvaro Salles.
As variedades desenvolvidas por pesquisadores contém genes tolerantes a lagartas-pragas do gênero Helicoverpa spp,
utilizados com sucesso na Austrália no controle da Helicoverpa armigera, que está atacando lavouras de algodão em Mato Grosso. As variedades registradas são a IMA 5672B2RF e a IMA 5675B2RF, que contém as tecnologias Bollgard II e Roundup Ready Flex, caracterizando-se como cultivares de algodão geneticamente modificado resistente a insetos da ordem lepidóptera e tolerante ao herbicida glifosato.
Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gilson Pinesso comenta que as cultivares são fundamentais não só para o Mato Grosso mas para todo o país. É muito difícil o combate contra essas pragas e essa inovação tecnológica do IMA deve beneficiar o Brasil, em especial Mato Grosso, Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás. Com essa nova propriedade, o país tem grandes chances de recuperar os 37% de área que perdeu para a soja no ano passado. Além disso deve aumentar o plantio, partindo de 894 mil hectares para cerca 1,1 milhão.
Gazeta Digital
Autor: Nayana Bricat