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A planta morre, mas o fungo fica.

21/09/2012
O coordenador da Comissão de Defesa Vegetal da Superintendência Federal da Agricultura (SFA), em Mato Grosso, Wanderlei Dias Guerra, destaca que estudos conduzidos em parceria com a Universidade Federal do Estado (UFMT) e Aprosoja/MT, mostraram que mesmo em plantas secas, mas em condições ideias de calor e umidade, o fungo se manteve viável por mais de 40 dias. Ou seja, vivo e pronto para gerar doenças assim que nova lavoura emergir do solo. Todas as considerações sobre a viabilidade dos esporos estão sendo coletadas e serão publicadas pelo coordenador ainda neste ano. “Alguns resultados obervados são inéditos e só poderão ser anunciados após a publicação, mas podemos dizer que essa resistência dele nas plantas secas e durante o período de estiagem, realmente assusta e justifica esse alerta que estamos fazendo”. Desde agosto, durante as primeiras visitas ao interior do Estado, Dias começou a coletar folhas com esporos e levou para análise em laboratório. “Ainda naquele mês tínhamos a confirmação de que o fungo estava pronto para infestar as lavouras após 28 dias da coleta. Agora já estamos na sétima semana de análises e eles seguem gerando a doença”. Como explica, o fungo é o biotrópico, ou seja, precisa de planta viva para se multiplicar e é resistente ao clima. “Por isso, aquele fungo da safra passada se instalou, foi beneficiado pelo ambiente e pelas chuvas que caíram no Estado até meados de junho e conseguiram resistir à estiagem”. Como completa Guerra, as análises feitas pela UFMT mostram que a planta morre, mas o fungo fica. (MP) Diário de Cuiabá
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