Desempenho do ovo na primeira semana de agosto
06/08/2012
Após um desempenho até certo ponto inesperado para o mês de julho (período de férias estudantis, por isso, de menor demanda, principalmente por conta da merenda escolar) e depois de ter atingido a melhor cotação média de 2012 (nominalmente, a melhor de todos os tempos), o ovo entrou em um período de estabilidade de preços que se estende a agosto corrente. Assim, na primeira semana do mês (quatro dias de negócios) permaneceu com a mesma cotação alcançada em 21 de julho passado.
Isso, entretanto, não significa mudança dos fundamentos anteriormente observados. Até aqui a oferta permanece ajustada à demanda existente e, assim, o risco de retrocessos (como normalmente ocorre no mês de agosto) permanece afastado. Não só isso: a estabilidade atual tende a ser rompida no decorrer desta semana, período de maior demanda do mês.
Mesmo assim o setor precisa manter-se atento à evolução do mercado. O ganho obtido em relação ao ano passado, à primeira vista significativo, é apenas aparente, pois vem sendo totalmente corroído pelos custos das matérias-primas, que não param de aumentar.
Para demonstrar, basta citar que, um ano atrás, nesta ocasião, pouco mais de 24 caixas de ovos permitiam adquirir uma tonelada de milho e uma tonelada de farelo de soja. No momento, para obter o mesmo volume das duas matérias-primas e a despeito de o preço médio recebido pelo produtor ser quase 20% superior são necessárias pelo menos 36 caixas de ovos, 45% a mais.
Ou seja: para manter a mesma paridade anterior, o ovo deveria estar valendo, hoje, perto de R$80,00/caixa.