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Cotonicultores de Catuti/MG

01/08/2011
Tecnologia desenvolvida pela Monsanto pode se transformar em importante alternativa à cana-de-açúcar nos períodos de entressafra Após dois anos de preparação e adaptação às exigências estipuladas pelo BCI (Better Cotton Initiative) - organização que atesta o compromisso global de sustentabilidade dos produtores de algodão durante o plantio, manejo e comercialização da cultura -, chegou a hora dos produtores de Catuti, cidade localizada na região semi-árida do norte de Minas Gerais, colherem os frutos. Trinta e oito agricultores da cooperativa Coopercat receberam a licença “Better Cotton”, que possibilita a venda do produto colhido em Catuti e Mato Verde (MG) para importantes mercados consumidores no exterior. A cidade recebeu membros do BCI que vieram diretamente da Austrália e da Bélgica, em setembro de 2009, para conhecer a região. A coordenação regional do BCI no Brasil e a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), responsável pela execução do projeto no Brasil, fizeram a avaliação da produção de algodão sustentável e a integração da agricultura familiar dos produtores da região. Várias comunidades rurais foram visitadas, e nelas os especialistas analisaram a qualidade da pluma, a segurança do trabalho, o cooperativismo, as aplicações sustentáveis de manejo, a preservação da natureza e as condições sociais da comunidade. Os técnicos do BCI e da Abrapa se surpreenderam com o grau de cooperativismo das comunidades e afirmaram que esse foi um fator relevante na avaliação. Eles atribuíram a licença para produzir o algodão com o selo do BCI que garante que o cultivo foi feito de maneira sustentável, visando reduzir o estresse no ambiente local e melhorar os meios de subsistência e o bem-estar das comunidades agrícolas. Todo o processo de verificação nas propriedades dos agricultores familiares foi auditado pelo Instituto Igecert. A disposição dos pequenos produtores do Norte de Minas Gerais também foi elogiada pela Abrapa. “A organização das comunidades rurais e o trabalho de orientação feito pela Coopercat tornou possível o licenciamento do algodão dos produtores envolvidos no projeto. Durante as próximas três safras, os agricultores que permanecerem no programa receberão treinamentos do BCI”, afirma Andrea Aragon, coordenadora de Sustentabilidade da Abrapa. Esforço reconhecido Segundo José Tibúrcio de Carvalho Filho, coordenador técnico do projeto “Retomada do Algodão em Catuti”, o processo de adaptação às normas do BCI só teve sucesso graças à biotecnologia, ou seja, à utilização de 80% de sementes transgênicas e apenas 20% de variedades convencionais como área de refúgio, conforme manda a Lei de Biossegurança. O algodão Bollgard® foi desenvolvido pela Monsanto com o objetivo de proteger as lavouras do ataque de algumas das pragas mais comuns (lagarta-da-maçã, curuquerê e lagarta rosada), graças à expressão de uma proteína do Bacillus thuringiensis (Bt), uma bactéria encontrada naturalmente no solo e que, por sua ação inseticida, é utilizada pela agricultura orgânica há décadas. A tecnologia está aprovada no Brasil desde 2005. O controle seletivo inserido no algodão permite, ainda, reduzir os riscos presentes no tradicional controle químico com inseticidas. “O fato de as sementes serem transgênicas permitiu que as aplicações de inseticida fossem reduzidas de 25 para apenas sete por safra. A produção renderá, ao final da colheita, cerca de 582 toneladas de algodão em caroço, aproximadamente 232 toneladas de pluma. A colheita, que iniciou em maio e vai até agosto, é manual, utilizando mão de obra familiar da comunidade, gerando emprego e renda, dentro das exigências do BCI”, explica Tibúrcio. Monsanto do Brasil Ltda
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