Novas embalagens
28/07/2010
Tão importante quanto cuidar do solo é atentar para a redução de perdas na pós-colheita. Em Nova Friburgo (RJ), produtores de caqui e morango estão experimentando novas embalagens feitas de papelão e plástico para proteger os frutos de injúrias. Ao mesmo tempo, as novas embalagens permitem a criação de uma identidade visual, diferenciando os produtos nas prateleiras. O projeto é uma iniciativa da Embrapa em parceria com as Prefeituras de Nova Friburgo e Sumidouro, Sebrae, Pesagro e Emater. Alguns desses resultados estão sendo apresentados no 1º Workshop sobre desenvolvimento sustentável em ambientes de montanhas, que termina nesta quarta-feira em Nova Friburgo.
As embalagens de papelão e plástico evitam a compressão, cortes e abrasão dos frutos. Estes tipos de danos, comuns em embalagens de madeira, são responsáveis por até 50% das perdas na pós-colheita, explica o pesquisador Marcos Fonseca, da Embrapa Agroindústria de Alimentos. Mas a embalagem por si só não é a única responsável pela garantia da qualidade do produto. A uniformidade dos frutos e o transporte adequado também
contam muito.
Na região serrana do Rio, a Embrapa lidera o projeto de Transição Agroecológica que contempla alternativas viáveis para a agricultura em ambientes de montanha. Pesquisadores, técnicos e produtores buscam saídas agronômicas, econômicas e agroindustriais para a produção sustentável e a comercialização de alimentos de qualidade. Vender produtos com maior valor de mercado significa trabalhar menos, ganhar mais e pressionar menos o meio-ambiente resume Fonseca.
No Brasil, o ambiente de montanhas representa 16,91% do território nacional e foi considerado Ponto Focal na Convenção da Biodiversidade Biológica há 8 anos, (http://www.onu-brasil.org.br/doc_cdb.php), da qual o
Brasil é signatário.
Em países como a Índia e a China, utiliza-se muito do conceito de sustentabilidade em áreas montanhosas. No Brasil, principalmente após a convenção de 2002, esta necessidade está criando demandas cada vez maiores de estudos. Estas áreas, além de terem um vasto número de pequenos produtores, possuem declividades acentuadas, que se não tratadas com técnicas de cultivo e manejo modernas entram em rápido processo de erosão.
O Workshop definirá um documento com as demandas de pesquisa relacionadas aos ambientes de montanhas no Rio e as principais diretrizes para o estabelecimento de ações em rede com os atores envolvidos na cadeia
produtiva.
Mais informações pelos telefones (22) 2525-9208 ou 0800-5700800. As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa.