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Embrapa e Monsanto

27/07/2010
Workshop apresenta novidades sobre 22 projetos que receberam, nos últimos quatro anos, recursos originados na venda de sementes de soja RR com germoplasma Embrapa No final de junho, a Embrapa e a Monsanto do Brasil receberam em Brasília (DF) os pesquisadores responsáveis pela liderança dos 22 projetos em biotecnologia que foram contemplados, entre 2006 e 2009, com o repasse de recursos da Monsanto para o Fundo de Pesquisa Embrapa e Monsanto. Durante workshop técnico, pesquisadores da Embrapa, líderes, membros de projetos em execução na carteira Embrapa/Monsanto e um grupo de avaliadores discutiram detalhes sobre o andamento dos projetos beneficiados. Entre as iniciativas, destacam-se: pesquisa para o desenvolvimento de recursos genéticos de cereais adaptados à seca, pesquisa de feijão transgênico tolerante ao estresse hídrico, geração de mamoeiro resistente a múltiplas viroses e estudos envolvendo o bicudo do algodoeiro. De 2006 até 2009, a Monsanto já repassou ao Fundo aproximadamente R$ 20 milhões que beneficiaram estudos com biotecnologia de diversas unidades da Embrapa. Os valores são oriundos do compartilhamento dos direitos de propriedade intelectual, a título de royalties, sobre a comercialização de variedades de soja da Embrapa com a tecnologia Roundup Ready®.De acordo com André Dias, presidente da Monsanto do Brasil, esta parceria com a Embrapa confirma o compromisso da empresa com o agronegócio nacional. “Nossos investimentos estão voltados ao desenvolvimento de tecnologias agrícolas que possam aumentar a produtividade, preservando os recursos naturais e que proporcionem melhora na vida dos agricultores. Em alinhamento a esse foco, sentimos um imenso orgulho em termos sido pioneiros neste tipo de parceria”, afirma o executivo. “São os primeiros resultados de um sonho que surgiu há dez anos, quando o cenário para biotecnologia no Brasil era bastante indefinido.” Para a Embrapa, a parceria com a Monsanto é estratégica: “Acordos como este, com foco na pesquisa agrícola e inovação, são fundamentais e estão alinhados com as prioridades do governo, unindo os setores público e privado no enfrentamento do desafio global de aumentar a produtividade agrícola de maneira sustentável”, completa o diretor-presidente da Embrapa, Pedro Antônio Arraes Pereira. Rumos promissores Alternativas biotecnológicas para adaptação e/ou mitigação de estresses decorrentes das mudanças climáticas globais, incorporação de características medicinais, funcionais e nutricionais aos alimentos, alternativas biotecnológicas para identificação, prevenção e manejo de pragas que representam riscos atuais e potenciais para o agronegócio brasileiro foram alguns dos temas debatidos no seminário. Para os pesquisadores, o workshop serviu como uma possibilidade de intercâmbio de experiências. “Essas pesquisas representam, acima de tudo, o avanço do conhecimento, com a perspectiva que os resultados sejam aplicados em um futuro bastante próximo”, defende Rosana Brondani, da Embrapa Arroz e Feijão. A pesquisadora é líder do projeto que avalia tecnologias genômicas no melhoramento do feijoeiro comum visando o desenvolvimento de novas variedades com maior potencial produtivo e estabilidade de produção em condições ambientais adversas. O estudo começou em 2008 e deve ser concluído no início de 2011. “Há alguns anos, imaginava-se que a engenharia genética não daria conta de estudar questões muito complexas. No entanto, já existem casos concretos de aumento de produtividade e de tolerância a estresses provocados por fatores naturais como a seca”, afirma Francisco José Lima Aragão, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. “Não estamos fazendo ciência para ficar restrita a um artigo científico. Queremos que os resultados dos nossos projetos sejam utilizados como ferramenta para outras pesquisas, contribuindo para o avanço científico”, aponta Liziane Maria de Lima, pesquisadora da Embrapa Algodão. Soluções pragmáticas Marília Nutti, líder do projeto voltado ao desenvolvimento de produtos agrícolas biofortificados conduzido pela Embrapa Agroindústria de Alimentos, também demonstrou otimismo na condução de suas pesquisas. “Há carências para atender as quantidades necessárias de ferro, zinco e vitamina A nas dietas alimentares. Precisamos buscar soluções para suprir tais demandas em comunidades mais carentes”, salientou a pesquisadora ao apresentar resultados de avaliações agronômicas realizadas em culturas como abóbora, arroz, feijão e batata-doce em várias partes do Brasil. A exportação de suco concentrado e subprodutos da laranja representa uma dos mais importantes fontes de divisa do agronegócio brasileiro, já que o país é maior produtor mundial de citros, culturas que enfrentam inúmeros e graves desafios sanitários. Um deles é o “Huanglongbing” (ex-greening), doença com forte capacidade de disseminação e que pode comprometer seriamente a produção dos pomares brasileiros. Uma equipe liderada pelas unidades da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), trabalha, desde o final de 2008, para desenvolver estratégias biotecnológicas de manejo e controle desse problema. O gerente de Relações Científicas da Monsanto do Brasil, Eugênio Ulian, ressalta a diversidade das linhas temáticas e a total liberdade dos pesquisadores na condução de seus estudos. “Estamos muito felizes com a qualidade e a ampla variedade dos projetos científicos que têm sido desenvolvidos no âmbito do Fundo. Alguns dos projetos são focados em soluções para questões agrícolas que não estão sendo pesquisadas pela iniciativa privada, pois não envolvem commodities agrícolas, mas sim culturas que são amplamente cultivadas pela agricultura familiar, como feijão, mandioca e abóbora de grande alcance social”, afirma. Novas parcerias Em agosto, o comitê gestor do Fundo Embrapa e Monsanto se reunirá, em Brasília, para definição dos projetos que receberão recursos oriundos da cobrança de royalties com a tecnologia Roundup Ready® na safra 2009/2010. “A parceria entre Embrapa e Monsanto não se esgota neste fundo. Temos outros projetos, como o licenciamento de tecnologias para a Embrapa e esperamos avançar ainda mais em parcerias, especialmente as que possam resultar em soluções agrícolas sustentáveis”, finaliza o presidente da Monsanto do Brasil.


Monsanto do Brasil Ltda
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