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Brócolis japonês

27/07/2010
O clima ameno do sul de Minas está favorecendo a produção de uma variedade de brócolis vinda do Japão, conhecida na região como ninja. No município de Senador Amaral, o investimento na cultura começou há cinco anos e ganha cada vez mais espaço. A plantação de brócolis de seu Paulo fica em terras arrendadas de um produtor de milho. O tempo de cultivo, de setenta dias, é considerado curto e a lavoura tem sempre que mudar de lugar. Mas o que o agricultor planta nestas terras não é uma verdura comum, é o brócolis ninja. “O início desta cultura no Brasil foi em 1985. Ela entrou como se fosse para a indústria, para congelamento. Mas depois de um certo tempo ela começou a entrar no mercado, pegaram gosto e está sendo cultivado mais largamente”, diz Paulo Morinishi, agricultor. A grande diferença do brócolis ninja para o tradicional é que o ninja possui uma cabeça única, que permite apenas uma colheita, o que facilita o trabalho do produtor. “Ele faz uma colheita só, a cabeça é mais densa e o ciclo é mesmo que o outro. Está sendo bem aceita pelo comércio, e o que também tem incentivado é o clima favorável de sete a vinte graus”, explica Aparecido Venâncio, agrônomo – Emater. De acordo com a Emater, hoje a produção no sul de Minas já passa dos seiscentos hectares. Outros fatores que favorecem a produção da variedade na região são a rentabilidade e a durabilidade da verdura. Outro produtor vende o brócolis in natura para feirantes, ou o produto picado para a indústria. Dezesseis funcionários cuidam da produção que vai quase toda para o estado de São Paulo. A renda do brócolis é permanente já que a colheita acontece o ano inteiro “Tá cada vez aumentando mais. O normal é de dois a três hectares por semana, daria por mês doze hectares”, diz Sebastião Alves Cunha, agricultor. Enquanto o brócolis tradicional deve ser consumido em até dois dias depois da colheita, a variedade ninja chega a durar o dobro do tempo.


Globo Rural
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