Dedini e Novozymes assinam memorando de entendimento sobre etanol
17/07/2010
Dedini S / A Indústrias de Base, conhecida por sua inovação e liderança no mercado sucroalcooleiro e a Novozymes A / S, empresa dinamarquesa líder mundial em bioinovação, assinaram um memorandum de entendimento com o objetivo de dar continuidade a pesquisa e desenvolvimento de uma rota tecnológica para a produção de etanol celulósico no Brasil.
Os parceiros esperam se beneficiar do potencial comercial do etanol celulósico no Brasil devido à grande disponibilidade de bagaço. O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, com uma moagem superior a 600 milhões de toneladas ao ano, dos quais 27 bilhões de litros (7,1 bilhões de galões) são utilizados na produção de etanol atualmente.
Etanol celulósico - um passo adiante
Novozymes, líder mundial na produção de enzimas e soluções enzimáticas -, apresentou recentemente a primeira enzima comercialmente viável para a produção de etanol celulósico. As enzimas decompõem os resíduos agrícolas, como palha de milho, palha de trigo, as aparas de madeira e bagaço permitindo a fermentação do etanol. A Dedini, líder mundial na fabricação de equipamentos para o mercado sucroalcooleiro, desenvolveu um processo químico de hidrólise com ácido diluído e utilizando um solvente da lignina. O objetivo dessa parceria é desenvolver um processo que utiliza a rota da hidrólise enzimática a partir de resíduos da cana-de-açúcar, e que resultará na implantação de uma usina de demonstração, integrada a uma refinaria de cana-de-açúcar.
Para José Luiz Olivério, vice-presidente de Tecnologia e Desenvolvimento da Dedini, este é um passo importante no sentido de tornar o etanol celulósico uma realidade. "Nós já tivemos grandes avanços com o DHR-Dedini Hidrólise Rápida, uma tecnologia que utiliza o processo com ácido diluído. Há cerca de dois anos, a Dedini busca parceiros para permitir uma solução em escala industrial, baseado na combinação de experiências e tecnologias que possam resultar na produção sustentável de etanol celulósico no Brasil, diz Olivério. "A parceria com a Novozymes vai contribuir significativamente para atingir este objetivo", completa.
O Brasil é líder mundial no uso do etanol desde a década de 1970 devido a abundância de cana-de-açúcar e da introdução de um programa nacional (o Pró-Álcool) após a primeira crise mundial do petróleo. Hoje, o etanol é o combustível predominante no mercado de transporte do Brasil, sendo usado o E100 100% etanol, e o R25, pois o Governo Federal determinou compulsoriamente de 20-25% de mistura de etanol na gasolina. Cerca de 90% de todos os veículos novos vendidos no país são flex-fuel, o que permite a mistura de etanol e gasolina em qualquer proporção e que contribui para a popularização do combustível.
"Considerando a demanda por etanol no Brasil e a quantidade de bagaço disponível, há uma oportunidade considerável de crescimento neste mercado. A parceria com a Dedini, a maior fornecedora de tecnologia e equipamentos para a indústria da cana brasileira, vai nos ajudar a abrir este potencial mercado", disse o CEO da Novozymes, Steen Riisgaard.
As informações são de assessoria de imprensa.