Produtores de manga de Jaíba se preparam para alcançar certificação
05/07/2010
Investimentos em frutas diferenciadas geram vendas melhores e aumentam o poder de barganha dos produtores
O produtor rural Darcy Glória saiu de Belo Horizonte para Jaíba (MG), no início da década de 1990, para abrir um posto de gasolina. Em 2001, mudou de ramo: adquiriu um lote, fez um empréstimo no banco e plantou banana, limão e manga. Com o tempo, desistiu da banana e passou a dedicar-se à produção qualificada de manga e limão. Atual presidente da Associação de Produtores de Limão do Jaíba (Aslim), Darcy é dono de uma plantação de mais de 50 hectares, na qual produz, anualmente, 870 toneladas de limão e aproximadamente 600 toneladas de manga.
Darcy é um dos 20 fruticultores de Jaíba que recorreram ao Sebrae em Minas Gerais com o objetivo de certificar suas frutas para conquistar novos mercados, inclusive estrangeiros. Para ele, uma das mais importantes certificações é a Global Gap, que estabelece normas voluntárias a produtos agrícolas em todo o mundo e permite a exportação para a União Europeia. Além da oportunidade de venda a países da Europa, o produtor também passa a ter controle de rastreabilidade e a adotar boas práticas agrícolas, afirma o técnico do Sebrae na região, Jadilson Borges, que acompanha o projeto Manga madura para consumo, iniciado em julho de 2009 para fortalecer a competitividade das empresas na cadeia produtiva da fruta.
Após análises mercadológicas feitas por uma empresa de consultoria internacional, definiu-se o foco na manga palmer madura para consumo, como produto de maior lucratividade para o fruticultor. O projeto está em sua primeira fase, que é o de adaptação das propriedades para obterem o selo de qualidade internacional Global Gap.
Agência Sebrae de Notícias