Para viabilizar cultivo do trigo em MT é preciso ajuda do governo
30/04/2010
Um projeto de subsídios para a cultura do trigo está sendo elaborado e deverá ser entregue na próxima semana em Cuiabá, durante a Câmara Técnica do Trigo. O evento será realizado dia 6 de maio na sede da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e Rural (SEDER), com presença de um representante do Ministério da Agricultura.
Entidades ligadas ao setor, empresários e produtores rurais estão definindo estratégia de insentivos para produção de trigo em grande escala no estado.
Um dos pontos é sugerir ao governo, através da Conab, que garanta o preço mínimo aos agricultores que produzem trigo com irrigação artifical.
No encontro realizado esta semana em Lucas do Rio Verde, alguns produtores que trabalham com sistema de irrigação, demonstraram interesse, entretanto, alguns pontos precisam ser ajustados, um deles é no contrato de compra e venda.
Conforme o presidente da Empaer em Lucas, o que encarece a produção por irrigação é a energia, usada para bombar a água. Aldo Almeida, disse ao Só Notícias que o custo para produzir um hectare de trigo irrigado, gera em torno de R$ 1.700 mil, com produtividade média de 56 sacas. O preço pago pela saca, por uma indústria de Cuiabá, é de R$ 34,00 a saca e os produtores querem o preço mínimo que seria R$ de 37,30. Os R$3,30 que faltam, a Conab subsidiaria. O ganho do produtor seria de R$ 705 por hectare. Geralmente com um pivô se cultiva 100 hectares. A irrigação do trigo requer a mesma lâmina de água que o feijão, ou seja, 6 mm por dia, enquanto outras culturas é bem menor, salientou.
Por utilizar mais os motores em horários de pico, o gasto aumenta. Subsídios para a energia e insumos também estão na pauta que será proposta durante o encontro.
Em Lucas do Rio Verde, conforme a Empaer, são cerca de 10 propriedades com irrigação artificial. O interesse parte também de produtores da região de Sorriso e Nova Mutum.
Só Notícias
Autor: Julio Tabile