Feijão Phaceolus Vulgaris L. Espécie pertencente à família leguminosae, de ciclo curto, 70-100 dias conforme o cultivar, com hábito de crescimento determinado ou indeterminado, trepador ou não, formando dossel de 40-50cm de altura. Seu melhor desenvolvimento é observado em regiões ou períodos de clima ameno, porém livres de geadas.
Cultivares: com ciclo de 90-100 dias: Carioca, Carioca 80, Aroana 80, Catu, Aeté 3, Aysó e Moruna 80 (preto): com ciclo de 70-80 dias: Goiano Precose, Bico de Ouro Precoce e Rosinha Precoce.
Época de Plantio: feijão das águas; agosto-meados de outubro; feijão de seca; janeiro-fevereiro; feijão de inverno: maio-junho.
Espaçamento e densidade de plantio: para os cultivares comuns, utilizar a distância de 50-60cm entre linhas, procurando obter 10 plantas adultas por metro linear na colheita.
Cultivares precoces e de menor porte admitem plantios com 40-50cm entre linhas e densidades de 12-15 plantas por metro. Dependendo do cultivar e do espaçamento utiliza-se 60-90kg /ha de sementes.
Calagem e adubação: devem basear-se em resultados da análise do solo. A quantidade do corretivo a aplicar é calculada para elevação do índice de saturação em bases ao redor de 70%, se estiver abaixo de 60%. Aplicar no plantio 60-80kg/ ha de P2O5 e 20-40kg/ha de K2O, complementando com 30-40kg/ha de N, em cobertura, na superfície do solo, ao lado das plantas, 15-25 dias após sua emergência. Outros tratos culturais: manter a cultura do feijoeiro livre de ervas daninhas, ao menos até o florescimento das plantas. O emprego de herbicidas poderá diminuir ou eliminar a necessidade de cultivos mecânicos existindo produtos para aplicação em pré plantio incorporado pré-emergência.
Controle de pragas e moléstias: uma das primeiras medidas para obtenção de lavouras produtivas é a utilização de sementes selecionadas dos cultivares recomendados, uma vez que as sementes são veículos de diversos agentes causais de moléstias.
Para doenças como a antracnose, mancha-angular, ferrugem, oídio, alternária e outras causadas por fungos: 3-4 pulverizações com fungicidas a intervalos regulares, tais como manebe, mancozebe, benomiu, oxicarboxim, captafol, clorotalonil, tiofanato metílico e carbendazim, promovem proteção a sanidade satisfatória das lavouras. A incidência de pragas prejudiciais-cigarrinhas, lagartas e ácaros-quase sempre é associada a períodos de seca; já surtos de vaquinhas (besouros) e percevejos não exigem condições especiais.
Em qualquer situação, se em nível de prejuízo, a aplicação dos seguintes defensivos é medida eficaz: acefato, azinfós etílico, diazinom, ometoato, metamidofós, dimetoato, malatiom, mefosfolã, fosfamidom, monocrotofós, fenitrotiom, triazofós, paratiom metílico, paratiom etílico, permetrina e deltametrina.
O controle de carunchos é feito mediante expurgo, utilizando, preferenciamente, fosfina, pela facilidade de uso. Colheita: efetuá-la quando as plantas secam e perdem a maioria das folhas. O arrancamento das plantas é manual, seguido de uma breve seca, após o que os grãos são separados da palhada, geralmente por meios mecanizados (trilhadoras). Produtividade normal: dependendo das condições ambientais e sistema de cultivo, ao redor de 900-1.800kg/ha. Nos cultivos irrigados, são comuns rendimentos de 2.000 a 2.500kg/ha.