Asiáticos e Árabes retomam importação de frango
29/06/2009
Asiáticos e Árabes retomam importação de frango
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O segmento de avicultura já dá sinais de reação contra os impactos negativos da crise econômica. Segundo Domingos Martins, diretor do Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), em março as exportações da carne branca voltaram a superar a barreira das 300 mil toneladas. O reflexo positivo chega com força ao Paraná que responde por 27% do montante. ''Em volume, já voltamos ao normal, levando em conta que estamos perto dos patamares de agosto novamente'', analisa.
Diante desta reação, indústrias da região já estimam que 45% da produção seja destinada ainda este ano para a exportação. Segundo dados do Sindiavipar, a queda de 4,5 mil toneladas na produção do primeiro bimestre deste ano, se comparado com 2008, não deve impedir um crescimento de 10% até dezembro. Dentre os dez principais países importadores de frango do Paraná, a Arábia Saudita, Emirados Árabes, Kuwait e Egito ficam com cerca de 30% do volume.
Na sequência, Hong Kong e a Venezuela também são significativos mercados importadores. O primeiro recebe atualmente 30% da carne de frango brasileira, está em franco momento de reação e também projeta crescimento.''Todo mundo está reagindo, até o Japão onde a economia não anda bem voltou a comprar. Os demais asiáticos, como Hong Kong, voltaram a comprar como antes'', diz Martins.
No ano passado, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, a produção de frangos de corte no Paraná foi de 2.044 milhões de toneladas. Para o mercado externo foram encaminhadas 915.400 toneladas.
Quanto à oscilação das cotações do quilo do frango no mercado, Martins garante que os preços das tabelas são inferiores aos realmente praticados pelos produtores. ''Na realidade, essas cotações variam conforme o mercado das commodities, principalmente a soja e o milho. Ele é um preço de referência, porque o preço real está na faixa de R$ 1,80'', revela. Martins esclarece que os valores para venda dependem da idade de abate da ave, também é levado em conta os gastos com confinamento e alimentação. ''Quanto mais novo (o frango), menos foi gasto com ele'', completa.