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Vacinação contra febre aftosa

02/10/2009
Seis estados brasileiros começaram a vacinar o rebanho contra a febre aftosa. Em Alagoas, faz dez anos que nenhum caso da doença é registrado. O criador Geraldo de Macedo abriu as porteiras da fazenda para começar a campanha. Ele não mede esforços para manter a doença bem longe de sua propriedade e até compra vacina e divide com os vizinhos “Só o nosso não adianta, porque se der um problema no vizinho, o da gente também fica do mesmo jeito. Então, a gente tem que cuidar do rebanho de todos”, diz seu Geraldo. Há dez anos Alagoas não registra casos de febre aftosa. Esta campanha tem uma dosagem especial: é a primeira realizada pelo estado classificado como zona de risco médio da doença. Com a elevação do status sanitário, Alagoas pode negociar animais com outros estados que estão no mesmo nível de classificação, como Pernambuco. O novo cenário da pecuária aumentou a responsabilidade dos criadores e também da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal). “Os animais que têm uma vacinação só poderão ser comercializados depois de 15 dias, os animais que já foram vacinados duas vezes, após sete dias, e aqueles que já têm três vacinações poderão ser retirados de imediato”, diz Laelson Lima, veterinário da Adeal. Nesta segunda etapa da campanha contra a aftosa, o governo do estado vai doar 165 mil doses para pequenos criadores que possuem até dez cabeças de gado e estão cadastrados na Adeal. Nas casas agropecuárias, a expectativa para a venda da vacina é grande. “Compramos 300 mil doses para a campanha, temos vacinas suficientes”, afirma o gerente de uma loja, José Osvaldo da Silva. Aos poucos, os compradores apareceram. O criador José Osvaldo da Silva viajou 16 quilômetros até Arapiraca. Dentro do isopor estão as doses necessárias para imunizar o gado e fugir das multas. Além de Alagoas, outros cinco estados vacinam todo o rebanho contra a febre aftosa no mês de outubro: Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Roraima. Bom Conselho, no agreste de Pernambuco, foi escolhido para a abertura da segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, porque o município está situado numa região de bacia leiteira, onde é produzido 70% do leite do estado. Este ano, o governo de Pernambuco solicitou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a reclassificação do estado de médio risco para área livre de aftosa. “Vem batendo recordes de 96% a 97% do rebanho vacinado, quando a exigência é até menor do que isso. Então, nós, hoje, temos todas as condições e estamos requerendo do Ministério uma nova auditoria, para o final deste ano ou começo do próximo ano, para que Pernambuco possa atingir esse nível de livre de aftosa com vacinação”, diz o secretário de Agricultura de Pernambuco, Ângelo Ferreira. A segunda etapa da campanha vai até o fim do mês.
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