A Réplica Verdadeira
14/09/2009
Quem não conhece a letra dessa famosa musica, de autoria do Carreirinho?
Aqui estão todos os detalhes dessa verdadeira historia que aconteceu com nossa gente, filho de Barretos.
Esta é a verdadeira replica contada pelo nosso amigo João Maitam Filho ( que na época tinha 15 anos de idade).
Naquele tempo, na década de 50 e 51, levar a boiada a centenas de quilômetros de distancia, durante semanas montado no lombo de burros e cavalos, era a função dos peões de boiadeiro, as comitivas povoavam os sertões cortados pelos corredores empoeirados, e as pousadas se estabeleciam como preliminares as primeiras vilas.
Esta classe de operário viajantes deixavam em seu rastro alem das saudades tangentes ao caminho, verdadeiras arraiais informações.
Foi numa desta parada no inicio do século passado que o norte do estado de São Paulo, tornou-se internacionalmente conhecido com a construção do 1º frigorífico da América Latina. Barretos, região de pastagem privilegiada era parada obrigatória das comitivas que vinham do Mato Grosso, Goiás, Triangulo Mineiro, em direção ao frigorífico. Barretos era conhecida como ¨Capital da Pecuária Brasileira¨ na era dos anos dourados.
Foi na nossa terra, Barretos, na de cada de 50 mais ou menos 5:5 da manhã de um domingo (conta emocionado João Maitam) que trabalhava no bar Jaú daquela época. Estourou uma boiada de aproximadamente uns 300 bois (Fato comum naquela época), onde a boiada era conduzida pelos peões de boiadeiro. Iam indo para a missa de domingo daquela manhã com seu terninho branco os garotinhos Marcos Froner e Luiz Froner.
Na mesma época já existia o bar Jaú que era aberto 24:00 hs por dia, o Dr. Narciso Antonio Junior ( dentista e vereador) tinha chegado para tomar café, quando percebera o disparo da boiada, ele atentou com revolver para espantar, mas eram muitos bois. Havia um bêbado no local, na porta do bar e essa pessoa embriagada, desconhecida, saiu correndo, pegou os dois meninos e esconde-se atrás de um poste de força de luz ( que existia em frente ao Bar Jaú ) até passar a boiada. Ali onde os bois passaram ficaram tudo danificado, os banco, as arvores e até as pedras que calçavam o chão. Fato curioso que na ultima quarta-feira revivendo a replica da musica dramatizada por Carreirinho que todos cantam (Boi Soberano).
Autor: Valdemira Carvalho ( Mira Carvalho)