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Cultivo da Mandioca

29/04/2020

A mandioca é classificada como mandioca-brava ou mandioca-mansa, de acordo com o teor de cianeto produzido em suas raízes tuberosas, sendo este muito maior nas mandiocas-bravas que nas mandiocas-mansas. A mandioca-mansa também é chamada de aipim ou macaxeira.

Clima

A mandioca é uma planta de origem tropical, nativa do Brasil, e necessita de temperaturas acima de 18°C para se desenvolver bem, sendo que o ideal para o cultivo é um clima quente e úmido.

 

Luminosidade

A mandioca necessita de boa luminosidade, podendo ser cultivada com luz solar direta ou em sombra parcial .

 

Solo

A mandioca pode ser cultivada até em solos pouco férteis, desde que sejam bem drenados. Solos argilosos pesados e solos compactados não são adequados, pois prejudicam o crescimento das raízes. O mais indicado é que o solo seja permeável, fértil, rico em matéria orgânica, com pH entre 5 e 6.

 

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, sem que fique encharcado. A planta é muito sensível à falta de água durante os cinco primeiros meses de cultivo. Quando bem desenvolvidas, as plantas são tolerantes a períodos de seca.

 

Plantio

O plantio é realizado a partir de pedaços de caule de plantas adultas saudáveis, denominados manivas, com 15 a 25 cm de comprimento e cerca de 2,5 cm de diâmetro. As manivas são colocadas em sulcos ou covas de 5 a 10 cm de profundidade, podendo ser dispostas na posição horizontal, vertical ou obliqua. Fincadas na posição vertical ou inclinadas, as manivas dão origem a plantas cujas raízes serão mais profundas, resultando em uma colheita mais trabalhosa. Dispostas na horizontal, no sentido do sulco, as raízes serão mais superficiais, facilitando a colheita. A vantagem do posicionamento vertical e do inclinado é que a porcentagem de manivas que brotarão é maior que no plantio horizontal, resultando em um maior rendimento por área.

 

O espaçamento geralmente recomendado é de 1 m entre as fileiras e 50 a 60 cm entre as plantas, podendo variar com a fertilidade do solo, do clima da região e da cultivar utilizada. Também é recomendado o plantio com fileiras duplas, onde a distância entre os sulcos é alternadamente de 2 m e de 60 cm, isto é, uma distância de 2 m entre duas fileiras e depois 60 cm até a próxima fileira, então 2 m até a seguinte, etc., mantendo 50 a 60 cm entre as plantas de uma mesma fileira.

Embora seja uma prática incomum e não seja o procedimento recomendado, a mandioca também pode ser cultivada a partir de sementes extraídas de seus frutos.

 

Tratos culturais

É necessário retirar regularmente plantas invasoras que concorrem com a mandioca por nutrientes e recursos, pelo menos durante os cinco primeiros meses de cultivo.

 

Podar as plantas diminui a produção, assim evite qualquer poda, a não ser que seja necessária a obtenção de manivas para o plantio em uma época que não corresponde a época da colheita.

 

Colheita

A colheita da mandioca pode ocorrer de 6 meses a 3 anos (geralmente de 12 a 18 meses) após o plantio das manivas, dependendo da cultivar e das condições de cultivo.

 

A planta inteira contém dois glicosídeos cianogênicos, linamarina e lotoaustralina. Quando a planta é cortada ou sofre algum dano, uma enzima chamada linamarase decompõem estes glicosídeos, liberando cianeto de hidrogênio (HCN), também chamado de ácido cianídrico ou ácido prússico, uma substância muito tóxica. Assim nem a mandioca, nem suas folhas e ramos devem ser consumidos crus. A mandioca mansa pode ser consumida cozida, frita ou transformada em farinha. Suas folhas podem ser utilizadas em refeições cozidas ou fritas depois que as folhas são picadas e lavadas várias vezes. A mandioca-brava deve ser utilizada após cuidadoso preparo como farinha e derivados.

 

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