O antibiótico foi capaz de curar a mastite em 280 vacas durante o um período de apenas cinco dias
De acordo com o pesquisador, o antibiótico foi criado após um estudo financiado pela National Science, que buscava formas de aproveitar a pele da rã-touro. Após obter pedaços descartados por restaurantes, que passaram por um processo de homogeneização para extrair as moléculas através da centrifugação, ele descobriu que o sapo tem 23 diferentes peptídeos que servem como antibióticos naturais.
"Submetemos a fórmula a testes bacteriológicos e conseguimos matar bactérias como Escherichia coli (causa de doenças intestinais), entre outras. É de amplo espectro e é um extrato muito bom para combater infecções”, explica ele.
Testes que envolveram 280 vacas doentes mostraram que o antibiótico foi capaz de curar a inflamação das tetas dos animais em apenas cinco dias sem que fosse necessário retirá-las do processo produtivo, o que acontece em casos onde elas são tratadas com penicilina. Islands já patenteou o produto, que além de eficaz também tem processo de produção econômico, pois uma pele de sapo de 40 gramas pode render cerca de cem doses do medicamento.
Agora, o especialista está desenvolvendo estudos para comprovar a eficácia da utilização do antibiótico para o tratamento de enfermidades que afetam os humanos. Islands, no entanto, indica que o medicamento só poderá ser comercializado após a realização um protocolo de pesquisa de médio prazo.
"Temos resultados na aplicação para curar acne, pele micose (causada por fungos), pé de atleta, e ceratite oftálmica surge como uma complicação de qualquer cirurgia ocular ou doença conhecida como catarata", finaliza o pesquisador.