Introdução
Avaliando o consumo de carne bovina no Brasil que hoje é estimada pelo Sindicato da Indústria da carne e derivados é de 5,0 milhões de toneladas por ano, façamos uma previsão de participação de 1 % da carne de avestruz no mercado interno, o que significa 50 mil toneladas por ano. Se cada avestruz abatido fornecer em média 30Kg de carne, seria então necessário um abate anual de 1,5 milhões de aves. Para este potencial de produtividade, necessitaríamos formar um rebanho de 55 mil fêmeas e até 55 mil machos, totalizando 110 mil reprodutores. Considerando que atualmente o efetivo nacional não chegou a esse número de reprodutores, o mercado da venda de aves jovens para reprodução é bastante favorável.
Produtividade
Por se tratar de atividade nova no Brasil, os parâmetros apresentados a seguir baseiam em literatura norte americana, ou seja, valores médios obtidos para a produtividade de avestruzes criados nas fazendas dos EUA.
Vantagens
- Sensibilidade do consumidor a carnes alternativas mais saudáveis;
- Unidade animal/área;
- Mão de obra disponível;
- Tradição no tratamento e utilização de couros;
- Tradição Agropecuária;
- Condições ambientais favoráveis.
Desvantagens
- Investimentos altos;
- Inicialmente, demanda a importação de muitos animais;
- Falta de experiência técnica;
- Carência no suporte da criação (rações, equipamentos, etc.).
O mercado da criação de avestruz não foge muito à regra do início de uma nova atividade zootécnica em um país. Como a própria história revela: os EUA começaram a criar avestruzes por volta de 1975 e somente 20 anos depois se iniciou o abate naquele país. Na Itália criam-se avestruzes desde 1979 e só recentemente se montou um abatedouro naquele país.
Acompanhando a evolução mercadológica, dividimos a criação em duas fases:
- 1ª fase (Breeding phase), caracterizada pela comercialização de reprodutores, onde o valor agregado do animal é elevado, inviabilizando o seu abate. Dependendo da intensidade da criação, esta fase dura cerca de 10 anos ou mais.
Tabela: média de preços nas diversas regiões dos Estados Unidos:
- 2ª fase (commercial phase), caracterizada pela comercialização de animais para o consumo. O número de animais disponíveis, agora é elevado, reduzindo o seu valor de mercado como reprodutor, viabilizando a sua exploração no abate.