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Anfir ainda prevê queda

11/08/2014
A inclusão da indústria de implementos rodoviários no programa de renovação de frota e na linha de financiamento à pequenos produtores rurais (Mais Alimentos), que integra o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) do governo federal, não deve ajudar o setor a reverter a queda de 10% nas vendas projetada para este ano, segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), Alcides Braga. Ele acredita, entretanto, que que a participação nos dois programas pode beneficiar as fabricantes de implementos no longo prazo. A inclusão do segmento nesses projetos do governo foi firmada em 22 de julho. A linha de financiamento para aquisição de implementos rodoviários por pequenos produtores rurais já está disponível, enquanto o programa de renovação de frota não deve entrar em vigor este ano. "Ainda estão sendo feitos ajustes no projeto [de renovação de frota], mas vários pontos já foram definidos, como o fundo garantidor e a tabela referencial de preços", explicou Alcides Braga, em coletiva de imprensa, na sexta-feira (8), em que foram apresentados números do setor. "O programa de renovação de frota só não entrará em vigor neste ano por conta do calendário. Ficou tarde. O foco está nas eleições e não em governar", acrescentou o presidente da Anfir. Ele acrescentou, porém, que um piloto desse programa deve ser colocado em prática, ainda em 2014, para testar o sistema. "Faríamos um ensaio, por exemplo, com mil veículos para corrigir possíveis problemas". As vendas da indústria nacional de implementos rodoviários caíram 9,01% entre janeiro e julho sobre um ano antes. Foram produzidas e vendidas 91.304 unidades no período, de acordo com o levantamento da Anfir. Para Braga, o desaquecimento da economia e o pessimismo do mercado nacional em geral contribuíram para a retração. No ano, as vendas de reboques e de semirreboques recuaram 14,02%, com destaque para a categoria de silo (-44,61%). Já no segmento de carroceria sobre chassis, a retração chegou a 5,86%, destaque para a categoria de benoteira (35,06%). Perspectiva As coisas não devem melhorar em 2015, na opinião de Braga. "O próximo ano deve ser tão difícil como este ou mais complicado que 2014", ressaltou. Para ele, diante desse cenário, a recuperação da atividade só vai acontecer em 2016. "Os fabricantes também estão se esforçando para evitar demissões", disse. DCI - Diário do Comércio & Indústria Autor: bruna kfouri
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