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o tempo quente e seco provoca "prejuízos irreversíveis

16/02/2014
Seca causa prejuízo de 30% na safra 2014 de café da Cooxupé A Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, estimou nesta quinta-feira (13) que o tempo quente e seco provoca "prejuízos irreversíveis às lavouras de café".que a severa seca que atingiu suas áreas produtoras deve causar perdas de 30 por cento em relação à safra esperada em 2014. Antes da seca, a cooperativa previa uma safra de 10 milhões de sacas nas regiões em que atua, disse o presidente da instituição, ", Carlos Alberto Paulino da Costa A Cooxupé atua predominantemente no sul de Minas Gerais, Estado que responde por cerca de metade da safra nacional. A produção da região da Cooxupé --entre cooperados e não cooperados-- representa aproximadamente um quinto da produção nacional. A safra deste ano de café do Brasil, maior produtor e exportador global, foi estimada no início de janeiro, antes da seca, em 48,34 milhões de sacas de 60 kg. Antes da seca, a Cooxupé previa uma produção em 2014 praticamente estável na comparação com a safra passada. Paulino da Costa explicou que a seca afeta a safra 2014 basicamente de duas formas: o café que consegue "granar" não cresce adequadamente; e outros frutos afetados acabam ficando "secos". "Olha a fruta e ela parece muito boa, mas olha dentro dela e ela está seca. Esse que é o prejuízo maior, este não recupera mais", afirmou o executivo. "Estamos até com o pescoço doendo de tanto olhar para cima", disse. Por causa do problema da seca, a cooperativa está até facilitando negócios em uma feira de máquinas e insumos que acontece em Guaxupé, cidade sede da instituição. Segundo Paulino da Costa, o produtor normalmente compra o implemento utilizando o café como moeda de troca, efetuando o pagamento em setembro, quando a colheita já está praticamente finalizada. "Como vai ter um problema da seca, como vai ter uma queda muito grande, ele vai comprar o equipamento e pagar um terço este ano, um terço no ano que vem e um terço em 2016, com preços pré-fixados do café", disse o presidente da Cooxupé. Segundo Paulino da Costa, as condições de pagamento ajudaram a manter o ânimo dos cooperados que visitam a Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas (Femagri). O presidente da cooperativa disse ainda que está aconselhando os produtores a não exercer os contratos de opções de venda de café ao governo, já que o preço subiu com a seca no Brasil, e o valor estabelecido no papel está mais baixo do que aponta o mercado atualmente."A opção aqui vai ser zero, o preço atual está superior ao do governo", disse ele, lembrando que, pela opção, o governo pagaria 343 reais por saca, mas há custos de 30 reais para entregar ao governo. E o café atualmente é negociado a 350 reais no mercado físico.
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