Brasil precisa importar 200 mil toneladas de feijão, diz ministro da Agricultura
Com a redução a zero da alíquota de importação do feijão, o governo federal pretende importar 200 mil toneladas até o final de outubro, segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Andrade.
O feijão-branco não está incluído na lista.
Na tarde de ontem, o governo anunciou a redução para zero da alíquota de importação do feijão, que era de 10%.
De acordo com o ministro, poucos países têm condições de vender o produto ao Brasil, além da Argentina, China e do México.
"Há dificuldades porque [o feijão] está mais para hortifrutigranjeiro. Não dá para estocar, porque perde qualidade. Devemos importar 112 mil toneladas, mas precisamos [ao todo] de 200 mil", disse o ministro.
Na próxima quinta-feira (27), ele se reunirá com secretários de quatro estados produtores --Bahia, Goiás, Minas Gerais, além do Distrito Federal-- para estudar medidas de incentivo à produção.
A quebra da safra de feijão no Brasil se deve à seca que atingiu principalmente o Nordeste --em especial o oeste da Bahia-- e Minas Gerais.
"O problema do feijão sempre foi cíclico. Variação do preço muito alto. O ideal é que vá direto da lavoura para a panela", completou Andrade, momentos antes de participar da reunião do Conselho Nacional de Política Energética, no Ministério de Minas e Energia.
Fonte: Ag. Brasil