RR2 pode ser usada em apenas 20% das sementes que faltam ser adquiridas
11/06/2013
A tecnologia RR2 PRO para a soja brasileira liberada pelo governo chinês para a comercialização não será totalmente usada na safra 13/14 de Mato Grosso. Isso porque, os produtores já adquiriram 80% das sementes necessária para o cultivo da próxima temporada. Nos 20% restantes, que somam aproximadamente 1,9 milhão de sacas, o sojicultor deverá analisar individualmente a necessidade de compra da nova tecnologia, explica o gestor do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca.
A aprovação da China para compra da tecnologia estendeu-se também para as variedades CV127 (Basf e Embrapa) e Liberty Link (Bayer), que têm a propriedade de supressão da população de lagartas e causam muitos danos às lavouras de soja no Brasil, disse o Ministério da Agricultura brasileiro nesta segunda-feira (10).
O diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Marcelo Duarte, ressalta a importância das variedades tecnológicas para uso nas lavouras, evitando o uso de agrotóxicos para o controle de novas pragas como a Helicoverpa. É um momento importante para o produtor reduzir custos de produção e aumentar a produtividade.
Ele ressalta que, mesmo faltando poucos insumos para serem adquiridos, os produtores mato-grossenses deverão aproveitar a oportunidade para ter a soja RR2 PRO. Duarte afirma que a preocupação agora é para as questões comerciais que envolvem o uso da tecnologia. Como isso vai funcionar? Quanto será cobrado? Se os royalties serão cobrados juntos com as sementes? São perguntas que ainda precisam de respostas, disse o representante do setor.
Por meio de nota, a Monsanto disse que aguarda a confirmação oficial da aprovação da tecnologia Intacta RR2 PRO pela China. A BASF também informou informa que ainda não recebeu do governo da chinês um comunicado oficial da aprovação do Sistema de Produção Cultivance® (CV127).
Confira abaixo o resumo geral de plantas geneticamente modificadas aprovadas para comercialização no Brasil.
Agrodebate..
Autor: Vivian Lessa