Brasileiro eleito para a OMC
22/05/2013
O novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, ressaltou nesta quarta (22) que há uma tendência lenta de redução do protecionismo no mundo. Segundo ele, é preciso observar que várias economias mundiais enfrentam momento de sensibilidade, como a europeia e a norte-americana, que sofrem de maneira intensa os impactos da crise econômica internacional.
Acredito que há uma tendência de reduzir o protecionismo, o que deve ser lento. Mas claro que as circunstâncias internacionais influenciam [o cenário]. As grandes economias vivem um momento de grande sensibilidade, mas eu acredito que a tendência é diminuir [o protecionismo], disse o embaixador que participa de uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores na Câmara.
Porém, o diplomata que lida há 20 anos com questões referentes ao comércio internacional, representando o Brasil explicou que à medida que as dificuldades internas aumentam também crescem as pressões em favor do protecionismo.
Azevêdo lembrou que atualmente a busca é pela competitividade. O caminho é para obter a competitividade. Não acredito em modelos fechados, que olham para o mercado interno, não acredito que sejam modelos sustentáveis. [É preciso] buscar modelos para aumentar a competitividade, ressaltou.
Ao ser perguntado sobre as influências que pode ter sobre as questões tratadas na OMC, uma vez que condena o protecionismo e defende a liberalização do comércio, o diplomata reiterou que ele não deve tomar partido nas discussões. O fato de ser um brasileiro não significa que o Brasil será beneficiado ou prejudicado, ressaltou Azevêdo, que toma posse como diretor-geral em 1º de setembro, substituindo o francês Pascal Lamy.
Agência Brasil