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Rastreabilidade Bovina

30/06/2009
Rastreabilidade, o novo desafio da pecuária nacional A erradicação da febre aftosa não é a única medida da pecuária nacional na conquista dos mercados europeus e americanos. Para tornar a carne brasileira competitiva em mercados tão exigentes, o Brasil precisa adotar a rastreabilidade, em controle do animal desde sua origem. Nos paises da Europa, como França e Inglaterra, o programa de rastreabilidade começa a se consolidar. O novo conceito tem ganhado espaço à medida que cresce a exigência do consumidor sobre os produtos e que se aperfeiçoam o conhecimento e o controle da produção. No caso do controle de alimentos de origem animal, os europeus se tornaram mais rigorosos depois da doença da vaca louca. Em toda Europa os animais transitam com passaporte que identificam sua origem e sua movimentação, um controle minucioso que começou a se desenvolver no inicio da década e se intensificou com a crise da doença da vaca louca e agora com a contaminação por dioxina. A implantação do programa de rastreabilidade no Brasil, discutido entre o governo federal e órgãos ligados à pecuária, ainda depende de uma portaria do ministério da Agricultura com as normas do Programa Nacional de Identificação de Animais. O modelo brasileiro de rastreabilidade deve adotar os melhores padrões internacionais. Na Inglaterra, cada animal é brincado nas duas orelhas (por precaução) até o sétimo dia de vida por causa da produção de vitelo. Os dados que acompanham o animal são pais, número de inscrição da fazenda, região da propriedade e número de controle do animal no rebanho. Os ingleses adotaram também um passaporte do boi, com histórico minucioso do animal, que gerou reclamações por parte dos criadores por causa do excesso de burocracia, mas tem sido seguido a risco. Na França, o passaporte do animal é mais simplificado. O conceito de rastreabilidade se sustenta em padrões rígidos porque alguma falha em qualquer elo da cadeia de produção compromete todo o sistema. Um software de gestão e um banco de dados estão sendo organizados pelos técnicos do Fundepec (Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado de São Paulo), que coletam informações, semanalmente, nas fazendas, frigoríficos e supermercados. Esse banco de dados permitirá rastreabilidade do programa de qualidade. Inicialmente, o programa faz apenas a identificação dos bovinos por lote, mas a intenção é chegar à identificação individual. Sem este controle não se tem meio de certificar a qualidade do produto. Com esse Software, qualquer peça de carne vendida numa das lojas participante do programa, poderá ser identificado até na sua origem. Dessa forma, é possível saber em que fazenda o animal foi criado, manejo sanitário, alimentação, onde foi abatido, etc. O banco de dados cadastra os fornecedores, que através de formulário de adesão, informam ao programa a data de entrega dos novilhos e novilhas. Com as visitas as propriedades os técnicos do Fundepec coletam as demais informações necessárias aos trabalhos de rastreabilidade. Os produtores cadastrados receberão do Fundepec um relatório sobre classificação, dando detalhes referentes a acabamento, maturidade e peso. Na indústria a coleta de informações continua com dados de resfriamento, processamento, embalagem e transporte. Depois que a carne é transportada, o sistema é alimentado com dados sobre as condições de recebimento, armazenagem, manipulações e exposição do produto nas gôndolas das lojas. A partir dessas informações, o Software gera um relatório de feedback para os frigoríficos a respeito das condições da carne, gordura, temperatura, cor, conservação. Os técnicos do Fundepec realizam visitas constantes ás lojas, para efetuarem pesquisas de mercado junto ao consumidor, e checar condições de higiene, manipulação, armazenamento e exposição, coletando informações do varejo para compor o banco de dados.
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