A ovinocultura nos dias de hoje
30/06/2009
A raça Santa Inês
É uma raça nordestina, oriunda do estado da Bahia, a Santa Inês é considerada como sendo resultante de cruzamentos, seguidos por período de seleção e evolução pela ausência de lã. Pelo estudo dos ovinos existentes na região, seria resultado da fusão dos patrimônios genéticos de forma alterada e desordenada das raças mais antigas do nordeste: Morada Nova (variedades vermelha e branca), Bergamácio e em menor escala, a Somalis.
As características apresentadas pelo Santa Inês correspondem àqueles cruzamentos, já que evidencia em seu porte, tipo de cabeça, orelhas e vestígios de lã do Bergamácio e a condição de deslanados do Morada Nova e pelagem de cor preta da Somali.
A raça "Santa Inês" é apropriada para a produção de carne. O deslanado tem mais de um cio por ano três partos a cada dois anos.
Além disso, o seu paladar é mais tenro, o pique de leite é de 75 dias, independente do peso do animal.
No manejo comparativo gado/ovinos
Cada animal tem 45 quilos/vivo
Alugando a pastagem seria:
1 vaca = R$ 10,00/mês
1 carneiro = R$ 2,00/mês = R$ 24,00/ano
R$ 48,00/ano com reposição de matriz
Vacinas-sal-medicamentos = R$ 21,80
Total = R$ 69,00
Quilo para o produtor
R$ 2,50 x 45 quilos = R$ 112,80
Lucro = 62%
Preço animais para aquisição
- Matriz sem registro = R$ 250,00 a R$ 300,00
- Matriz com pedigree = R$ 800,00
- Reprodutor = R$ 2.500,00
A ovinocultura é uma das criações que vem se destacando a cada dia e já se tornou mais uma alternativa para o produtor rural.
Já se foi o tempo que se criava ovelhas apenas para a produção de lã. Hoje o mercado mais rentável é o da carne com seu consumo em açougues, grandes restaurantes e churrascarias como produto nobre, com isso os criadores passaram a melhorar suas raças e tornar seu negocio mais lucrativo, pois a produção ainda é restrita. Todo o rebanho do Centro Oeste e mais da metade do rebanho sudeste.
Nós importamos no ano de 2000, cerca de 900.000 cabeças de ovinos para o abate. Importamos do Uruguai, da Argentina e Nova Zelândia, principalmente.
Hoje a carne do ovino é uma carne que está sendo procurada por varias capitais e grande cidades.
A necessidade de aumento de rebanho é primordial, não só para a produção de carne como também de peles. As peles dos ovinos deslanados têm um grande valor comercial e tem uma facilidade de exportação muito grande para a Europa (calcados, bolsas, paletós, etc.)
Os ovinos com lã, criação principal no sul do Brasil exportam peles para a Rússia e regiões frias do mundo.
O mercado no momento é comprador tanto de carne como de peles, existindo uma capacidade ociosa em todos os matadouros, sendo assim a necessidade de maiores investimentos no setor.
O consumo em Brasília/DF. É muito grande e nos não temos como satisfazer esse consumo com a produção interna, que está na faixa de 25 toneladas por mês, sendo encontrada nos grandes supermercados e em alguns açougues.
Restaurantes com qualidade já oferecem em seu cardápio carnes de ovinos.
E a qualquer momento podemos encontrar nos supermercados um pernil de carneiro de 2,5 a 3,0 kg., costelas em bandejas.
Para começar uma criação, o produtor deve ter um bom espaço (pastagens), dividi-los em vários piquetes e um estábulo na área coberta, bebedouros e cocheiras são indispensáveis, assim como dar sal mineral aos animais, não só isso. O que muitas vezes acontece e que muitas vezes pode ser um desastre para a criação e desanimar os criadores, è adquirir os animais sem antes ter estruturas para recebe-los.
Conselhos de quem entende.
No momento de examinar os animais a serem adquiridos é bom ter o auxílio de alguém já experiente na criação de ovinos. Nas ovelhas è interessante observar o seguinte:
· Estado de Saúde
· Idade (através de informações obtidas de escrituração zootécnica ou através dos dentes)
· Úbere
· Características raciais no caso de animais puros
· Informações reprodutivas se existirem (intervalos entre partos, idade ao primeiro parto)
· Peso e escore corporal
A relação macho: fêmea a serem utilizada na época de reprodução pode variar em função da idade dos animais, tamanho de piquetes, mas em media trabalha-se com 35 fêmeas para um reprodutor, portanto, se forem compradas 100 ovelhas vão serem necessárias 3 reprodutores.
Depois da aquisição dos animais eles devem ser identificados através de brincos e/ou tatuagens.
Controlar os animais individualmente através de escrituração zootécnica é fundamental em qualquer criação organizada.
Na nova propriedade, os ovinos devem passar por um período de constante observação em uma área de quarentena para ver se nenhuma doença ira se manifestar. È nesse período que exames de fezes devem ser realizados, juntamente com os testes de vermífugos. Um dos maiores problemas enfrentados pela ovinocultura nos dias de hoje è o uso indiscriminado de vermífugos e como conseqüência a resistência dos vermes a diferentes princípios ativos.
Com relação ao tamanho do rebanho, se o objetivo da criação for apenas para o consumo próprio, ou para manter a grama aparada, ou como animais de estimação, não há necessidade de muitos ovinos, mas para se esperar algum retorno econômico é preciso atingir o numero mínimo de 300 matrizes se a criação for para a produção de carne.
Ovino em categorias.
Cordeiro ou cordeiro mamão= è considerado cordeiro, o ovino jovem (macho ou fêmea) no nascimento ate a idade de 07 meses, na fase de aleitamento, as melhores carcaças produzidas são de cordeiros.
Borrego: é o ovino macho, dos 07 meses de idade ate que se torne apto para reproduzir (12 a 18 meses).
Borrega: é a ovina fêmea dos 07 meses de idade ate o primeiro parto (12-24 meses)
Carneiro: após se tornar apto para a reprodução, o borrego e chamado de carneiro ou reprodutor. A vida útil de um carneiro é de 06 anos. Neste tempo, o animal apresenta semem de boa qualidade e libido. Entretanto, dificilmente um reprodutor permanece por mais de dois anos em uma propriedade, este pouco tempo de permanência no rebanho, e para evitar que o reprodutor fertilize a suas filhas e para não vende-lo com uma idade muita avançada, o que diminuiria ra o seu valor.
DICAS
Os vermes da época da seca ou do inverno estão em maior número dentro do organismo animal?
Este fato proporciona a grande oportunidade de combate-los com os vermífugos especialmente nesta época do ano. Estudo da EMBRAPA para a Agropecuária brasileira indicam os meses de seca ou de inverno como os mais apropriados para o controle estratégico da verminose.
As moscas-dos-chifres afugentadas pelo efeito repelente dos produtos, se não encontrarem outro rebanho bovino por perto, se desorientam e possivelmente morrem em poucas horas? Elas não podem ficar muito tempo sem o sangue que, a curtos intervalos espoliam dos animais.
Cada grupo de 50 carrapatos parasitando um rebanho de corte de 1000 bovinos com infestações sucessivas durante um ano, podem provocar perda de peso de até 40 toneladas aproximadamente? Em vacas leiteiras nas mesmas condições, a quebra no leite pode chegar a 50%.
O maior prejuízo que o berne causa ao bovino reside na grande irritação e dor.