Pesquisadores conhecem nova tecnologia em Potássio
16/05/2012
Maior produtora mundial de fertilizantes específicos, a TIMAC Agro reuniu a elite de pesquisadores técnicos e consultores em fertilidade de solos no País, para apresentar, em primeira mão, a tecnologia K-UP, um avanço científico que promete revolucionar o conceito de adubação com Potássio no Brasil e no mundo.
O encontro aconteceu na última semana em Curitiba e contou com a presença do presidente da Empresa no Brasil, Phelippe Vignon e do pesquisador responsável pelo desenvolvimento do projeto doutor José Maria Garcia-Mina. Reuniu 120 pesquisadores de instituições oficiais e privadas, além de consultores e técnicos ligados à área de fertilidade de solos que compõem um grupo seleto, denominado Mestres do Campo.
Eles são pesquisadores e técnicos de renome, que atuam como massa crítica para avaliação de novas tecnologias e sugestão de novas linhas e áreas de pesquisa a serem desenvolvidas pela empresa. A TIMAC Agro investe recursos da ordem de dois milhões de euros, anualmente, na busca de novos processos e tecnologias.
Solução para problemas universais do Potássio
Durante o encontro em Curitiba, o pesquisador doutor Garcia-Mina, apresentou detalhes dos estudos e pesquisas que levaram ao desenvolvimento da tecnologia K-UP, que estará sendo lançada comercialmente no segundo semestre deste ano. Segundo ele, a inovação criada nos centros de pesquisa e já patenteada pela TIMAC Agro resolve problemas comuns a agricultores das Américas e da Europa, que são ainda mais graves, quando a aplicação do potássio é feita no sulco, em linha.
A concentração do potássio no sulco provoca salinização e este processo inibe o desenvolvimento da raiz, reduz o crescimento da planta e em conseqüência, os níveis de produtividade. Outro problema é a lixiviação ou lavagem do potássio, especialmente em solos arenosos.
Com este nova tecnologia, controlamos a salinidade e a lixiviação ou lavagem do potássio. Incorporamos também uma molécula natural que aumenta a assimilação de potássio pela planta, resumiu.
Segundo o vice-presidente da Empresa, Marco Justus, a nova tecnologia deve também representar o retorno ao costume de aplicar o potássio em linha. Esse hábito vinha sendo deixado de lado, por causa da salinização.
Com a nova tecnologia reduzimos a níveis muito baixos essa toxicidade do potássio. Então esse é um ponto muito importante, e outro aspecto a destacar é a sua capacidade, de eliminar perdas por infiltração ou lixiviação. Perde-se muito potássio no solo por lavagem. A tecnologia também tem características que preservam o produto por mais tempo, tornando-o disponível para a planta. E para fechar o conceito K-UP comprovamos uma melhoria substancial na absorção, na tomada do potássio pela planta.
O resultado é que apresentamos um potássio que não prejudica o arranque inicial, que não prejudica com efeito salino; temos um potássio preservado no ambiente, ou seja, disponível para a planta, e também provemos a capacitação dessa planta para ela tomar mais potássio, nutrir-se, desenvolver-se e produzir mais, diz.
Resultados a campo
A exemplo da nova tecnologia de fósforo, recentemente incorporada ao TOP- PHOS, a TIMAC Agro norteia suas pesquisas a partir de demandas e avaliações dos agricultores e do grupo crítico de pesquisadores e técnicos, denominado Mestres do Campo.
O pesquisador doutor Heitor Cantarella, do Instituto Agronômico de Campinas foi quem coordenou a realização de avaliações e ensaios do TOP- PHOS a campo.
Agora, a avaliação da tecnologia K-UP, com o desenvolvimento de uma rede de ensaios a campo e em laboratórios, será coordenada pelo pesquisador e professor da USP, doutor Antonio Luiz Fancelli, da área de produção vegetal.
Esta inovação vem realmente contribuir muito, para que possamos utilizar de forma eficiente o potássio, que é um elemento-chave para o aumento de produtividade das culturas e também com relação à qualidade da produção, observa professor Fancelli, lembrando que a rede de ensaios vai contemplar os ambientes mais diversos possíveis por todo o Brasil e por países da América Latina.
Com os melhores técnicos, melhores pesquisadores, nas mais diversas áreas, com certeza poderemos ter conhecimento efetivo dessa nova tecnologia e, conseqüentemente, o uso eficiente desse potássio para os agricultores contribuindo muito então para a agricultura.de forma geral.
Expectativa otimista
A tecnologia K-UP beneficiará especialmente as culturas de soja, trigo, milho, citrus, hortifrutigranjeiros, pastagens, palma, café, cana-de-açúcar e florestas, entre outras. Pesquisadores, consultores e técnicos presentes ao evento, receberam a inovação com otimismo.
Leandro Fukuda é agrônomo do GTACC, grupo que presta consultoria em citrus a 230 produtores que cultivam mais de 32 milhões de plantas em SP. Ele entende que a nova tecnologia pode viabilizar mudanças no manejo em citricultura. A gente poderia talvez até estar aplicando potássio uma vez só ou em um ponto mais importante para planta, uma liberação mais constante como foi mostrado nas palestras. A expectativa é muito boa, disse.
Todos nós sabemos que um dos grandes problemas da agricultura, da fertilização de nossos solos, passa pelo potássio, raciocina o pesquisador Edson Borges, diretor da Fundação Chapadão. Segundo ele, esta tecnologia vem revolucionar, renovar e mostrar a nova oportunidade que é o retorno da aplicação no sulco, com um ganho operacional muito interessante.
Agrônomo e um dos mais respeitos consultores da região Sul do País, Modesto Félix Daga também contabiliza vantagens da tecnologia K-UP para soja, milho e trigo. É extremamente importante e oportuna. Nós vamos conseguir concentrar o potássio na linha sem causar a salinização que impede o desenvolvimento radicular. Para a soja, para o trigo e para o milho, um período de liberação de potássio mais lento para a planta conforme a necessidade de consumo, absorvendo a tendência de consumo conforme a necessidade da planta e, consequentemente, um aumento da produtividade segura das três culturas, conclui.
Incorporada a produtos comerciais com a marca TIMAC Agro, a nova tecnologia K-UP estará sendo disponibilizada aos agricultores do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina a partir deste segundo semestre.