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Morte das pastagens preocupa produtor

21/11/2011
A morte das pastagens já atingiu 2,2 milhões de hectares dos cerca de 25 milhões de hectares destinados a esta atividade em Mato Grosso. Isso equivale a uma perda 8,6% da área plantada com capim no Estado. Além de preocupar pecuaristas e, especialmente, pesquisadores do setor, a morte das pastagens está provocando discussões e debates com o objetivo de buscar novas alternativas. Além disso, as unidades de pesquisa estão lançando novas cultivares de capim como alternativa de alimento para o maior rebanho bovino comercial do Brasil que está em Mato Grosso. De acordo com o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Bruno Pedreira, os prejuízos com a morte das pastagens chegam a somar R$ 2,5 bilhões. Essas perdas incluem pastos que deixaram de ser recuperados, animais que não engordaram ou até que não nasceram em função da má alimentação do rebanho e vários outros fatores. “A morte das pastagens ocorre em Mato Grosso desde 1994”, garante Bruno. Isso acontece por vários motivos como encharcamento de solo, ataque da lagarta, do percevejo e a morte por esgotamento do solo. Na opinião de Bruno, o pecuarista tem que mudar a forma de tratar a pecuária que no Estado é extrativista. Os pastos precisam ser vistos como lavoura e, para isso, é necessário recuperar o solo. “Devese incluir outras cultivares de capim para diversificar a cultura. O capim elefante pode ser uma excelente opção”. Além de tudo isso, o pecuarista também precisa fazer o plano nutricional da fazenda, ou seja, adequar o rebanho a uma determinada área. “A inclusão de confinamentos e semi-confinamentos é uma alternativa importante”. A integração lavoura-pecuária é outra alternativa que pode ajudar a solucionar o problema da morte das pastagens. Bruno enfatiza que essa integração apresenta vantagens para os dois lados. “Vale a pena experimentar”, sugere o pesquisador que acredita na mudança da cultura do pecuarista mato-grossense. A escolha da espécie forrageira e do manejo determinará a produtividade e longevidade da pastagem. O solo também constitui uma das partes determinantes do bom desenvolvimento de uma forrageira. As propriedades tanto químicas quanto físicas influenciam decisivamente no estabelecimento das pastagens. Assim, a fertilidade do solo destaca-se quando a meta é ter altas produções, não esquecendo que uma exploração racional é essencial para obter este resultado. Capim elefante é alternativa viável Gazeta Digital Autor: Elaine Perassoli
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