Cultivares de feijão da Embrapa
04/03/2011
O plantio de inverno do feijão, ou safrinha, prossegue até o fim de março na Região Sul, mesmo diante da queda do preço do produto, que está sendo comercializado a R$ 60,00 a saca, contra os R$ 200,00 que chegou a atingir no ano passado. No Paraná, maior produtor brasileiro de feijão, estima-se uma colheita de 893 mil toneladas na 2ª safra (seca), 12% a mais do que as 794 mil toneladas produzidas na safra passada. Com o excesso de oferta e a avalanche de feijão importado da China no mercado brasileiro, o preço do produto recuou.
Uma forma de os produtores aumentarem sua margem de lucro é reduzindo os custos de produção. Para isso, a Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desenvolve cultivares de feijão altamente produtivas, resistentes a doenças e adaptadas à colheita mecânica. Uma delas é a BRS Cometa, desenvolvida pela Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás GO) e comercializada pela Embrapa Transferência de Tecnologia (Brasília DF).
A BRS Cometa é uma cultivar do grupo do carioca que tem como principais características o alto potencial produtivo e a arquitetura de planta ereta. Isso proporciona colheita direta com colhedoras automotrizes, dando mais segurança em relação ao feijão arrancado e enleirado com risco de chuvas na safra das águas e sequeiro. Outra vantagem da BRS Cometa é a sua precocidade, com ciclo de aproximadamente 78 dias da emergência à maturação fisiológica.
A cultivar apresenta ainda um alto potencial produtivo, grão com excelentes qualidades culinárias, resistência às principais doenças e ao acamamento, sendo mais uma opção para os produtores interessados em produzir feijão carioca nas safras das águas e da seca em Santa Catarina e Paraná, nas safras das águas em São Paulo, nas safras das águas, seca e inverno em Goiás e Distrito Federal, nas safras da seca e inverno no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, na safra de inverno no Tocantins, e na safra das águas na Bahia, Sergipe e Alagoas.
As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa.