ÚLTIMAS ATUALIZAÇÕES

Africanos querem parte de compensações do algodão

10/04/2010
09/04 - 15:58 Burkina Faso, Benin, Chade e Mali esperam embolsar parte da compensação, o que é rejeitado pela Abrapa O pagamento, pelos Estados Unidos, de US$ 147,3 milhões para compensar perdas dos produtores brasileiros de algodão ainda não está formalmente confirmado e já causa problemas diplomáticos. Os quatro grandes países africanos produtores de algodão - Burkina Faso, Benin, Chade e Mali - esperam embolsar parte da compensação, o que é rejeitado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), enquanto a diplomacia brasileira acena com o desenvolvimento de projetos comuns com parte do dinheiro. Os africanos não entraram na disputa do Brasil contra os EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC), que proporcionou esse acordo de compensação financeira. Preferiram apostar na Rodada Doha, com uma proposta para os países ricos eliminarem os subsídios ao algodão e pagar compensação aos quatro. Doha não avançou e os africanos, de mãos vazias, agora querem uma fatia do dinheiro que será pago ao Brasil. "Os brasileiros assinalaram que vamos receber uma parte, mas o montante precisa ser esclarecido", disse ontem um diplomata de Burkina Faso, Ambroise Balima. O embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, explicou ontem que parte da compensação será usada para projetos que beneficiem também os produtores africanos. Porém, a expectativa dos africanos, amparada nos discursos do governo Lula de opção preferencial pelos pobres e pela África, é receber dinheiro vivo. Os quatro países estão entre os mais pobres do mundo e suas economias foram bastante prejudicadas pelos subsídios americanos. Ontem, o presidente Lula recebeu em Brasília seu colega de Mali, Toumani Touré, e criticou os países ricos que concedem subsídios à produção. Valor Econômico
Compartilhar

SHOPPING

EVENTOS