Brasil disputa mercado de erva-mate no Oriente Médio
15/02/2010
Amais nova peleia entre Brasil e Argentina deverá ser travada durante os próximos anos em pleno Oriente Médio. De olho naquele mercado, tradicional consumidor de chás e para onde os hermanos vendem erva-mate há 50 anos, as indústrias nacionais querem faturar 4 milhões de dólares ao ano.
A iniciativa faz parte do plano de ação da Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Erva-Mate (Abimate), empenhada em ampliar a carteira de clientes externos. Embora seja o maior exportador mundial do produto, com 36 mil toneladas e faturamento de 45 milhões de dólares em 2008, o Brasil concentra suas ações basicamente nos vizinhos da América do Sul e alguns países da Europa. "Queremos conquistar o Oriente. Por meio de parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), os alvos serão, principalmente, os Emirados Árabes Unidos, a Síria e o Egito", destaca Heroldo Secco Júnior, gerente do Projeto Setorial Integrado Mate Tea From Brazil, da Abimate.
O dirigente acredita que um dos trunfos da erva-mate nacional frente à argentina seja a produção com foco na preservação ambiental, além do sabor diferenciado e do visual atraente. "Buscamos um consumidor interessado em produtos mais nobres, de valor agregado e sustentáveis. A qualidade argentina é boa. Tanto que eles comercializam anualmente 20 milhões de dólares em produtos para o Oriente Médio. Mas apostamos no que é nosso."
Nos planos de 2010 estão ações de marketing para divulgar a qualidade da erva-mate brasileira. Em abril, empresas como as gaúchas Barão, Ouro Verde e Rei Verde integram a missão brasileira à Tea & Coffee World Cup, na Áustria.
Correio do Povo
Autor: CLAUDIO MEDAGLIA JUNIOR