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Produtor brasileiro tem que estar atento...

02/11/2009
Com real forte, CNA recomenda a produtor não elevar plantio Reuters - A valorização do real frente ao dólar deixa o produto agrícola brasileiro menos competitivo, e por isso a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) recomenda cautela na safra 2009/10, cujo plantio se desenvolve no momento. No ano, o dólar registra uma queda de quase 25 por cento frente ao real. "Estamos perdendo competitividade, e o produtor brasileiro tem que estar atento... (Por causa do câmbio) é mais barato ao chinês comprar soja dos Estados Unidos do que a soja brasileira", disse a senadora Kátia Abreu, presidente da CNA, a jornalistas, após palestra em seminário da Abitrigo, em São Paulo, nesta sexta-feira (30). Cautela, explicou a senadora, significa "não avançar no plantio, na produção, no endividamento". A soja é o principal produto do agronegócio do Brasil, e a China é o maior importador mundial da oleaginosa. Entre outras coisas, observando a manutenção da forte demanda chinesa, o produtor está ampliando o plantio de soja no Brasil, até porque os preços do milho, cultivo concorrente da oleaginosa, não estão remunerando adequadamente. Se o tempo ajudar, o Brasil pode ter uma safra recorde. Por não ter como exigir dos agricultores que eles não elevem a produção, a CNA está buscando modelos políticos para que o país tenha um "controle centralizado da produção". "Não posso dizer: 'só plante mil hectares', mas posso dizer: 'só financio mil hectares'. É uma forma de controle, comos os EUA fazem", declarou. A senadora e técnicos da CNA embarcam no sábado para os Estados Unidos com o objetivo de conhecer de perto o modelo norte-americano. "Quero ver como funciona o crédito, formação de preço, como se comporta a CNA deles junto ao Congresso...", disse. A senadora espera trazer ideias para incluir na nova política para o setor que vem sendo discutida com o governo há mais de oito meses. A proposta da CNA é transformar os agricultores em pessoas jurídicas, fazer a "pejotização" do setor, ao mesmo tempo em que seria feita uma desoneração da cadeia produtiva. Esse novo modelo para o agronegócio só entraria em vigor em um prazo de mais duas safras, segundo a dirigente. Enquanto isso, a senadora está preocupada com os preços pagos aos produtores, pois acha que a colheita 09/10 vai crescer.
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