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Pecuária

02/11/2009
Onze das 39 plantas frigoríficas instaladas em Mato Grosso, com selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), estão paralisadas desde o início deste ano, o que restringe em cerca de 30% a capacidade de abate no Estado. No noroeste mato-grossense, a situação atinge o pior nível, já que 100% das unidades estão desativadas. Os números foram divulgados na sexta-feira(30) pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) que fez um levantamento da situação em que se encontram os pecuaristas das oito regiões pólos representativas do Estado - centro sul, médio norte, nordeste, norte, noroeste, oeste, sudeste e Arinos -. A aferição da realidade local foi realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária (Famato). "Atualmente, quase 30% dos frigoríficos estão fechados. O impacto disso na vida do produtor é grande, pois a pressão dos frigoríficos, principalmente dos oportunistas na hora da compra do boi, baixa o preço da arroba de forma significativa", afirma o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. A capacidade de abate atual, em Mato Grosso, é de 37.816 mil cabeças/dia, se todas elas estivessem em operação. Com o fechamento das 11 plantas, 8.961 mil cabeças deixam de ser abatidas diariamente. O impacto da crise econômica mundial sobre o segmento industrial da cadeia da bovinocultura é ainda pior quando os números revelam que a região noroeste, composta por oito municípios e com mais de 2 milhões de cabeças de gado, está com a única planta fechada e ele pertencia ao do grupo Independência. "Os pecuaristas desta região estão abatendo seu gado nos municípios de Sinop e Juara e isso compromete a competitividade de seu gado, pois a distância influencia na qualidade dos animais e encarece o frete", frisa Vacari. ICMS - A situação da região noroeste chegou nesse ponto depois que o beneficio da redução de ICMS de 7% para 3,5% nas operações relativas à saída interestaduais de gado em pé destinado para abate, não foi mais prorrogado pelo Estado. "A redução do ICMS foi concedida de abril a setembro e aumentou a comercialização na região em quase 400%. O impacto econômico foi grande e a justificativa para a Acrimat ter solicitado a redução do ICMS foi justamente tornar mais competitivo o mercado do boi, não deixando o pecuarista nas mãos dos frigoríficos, como ocorre agora", argumenta Vacari. Para Laércio Fassoni, "seria importante o retorno do benefício, pois empresas de São Paulo e Goiânia deixaram de comprar o nosso gado depois que esse incentivo acabou".
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