Agricultores do alto Paranaíba, em Minas Gerais, estão antecipando o plantio do feijão. Este ano, a chuva chegou mais cedo e causou otimismo.
Para o agricultor Marcos Nascimento, de Patos de Minas, as nuvens carregadas são motivo de alegria. É por causa desse clima que ele já começou o plantio do feijão das águas, que na safra 2009/2010 vai ocupar o dobro da área do ano passado. O animo é por conta da diminuição dos custos de produção e por causa de um investimento que fez.
Eu estou achando que vou conseguir colher uma saca de feijão entre R$ 40 e R$ 50. E eu espero vender por volta de R$ 80 a R$ 90. Eu comprei uma colheitadeira que colhe o feijão em pé. Com isso, a gente de eu perder por excesso de chuva diminui bastante, disse seu Marcos.
Minas Gerais é o segundo maior produtor de feijão do Brasil da primeira safra. De acordo com o primeiro levantamento de safra da Conab, o Estado deve produzir 249 mil toneladas do feijão das águas. O plantio começa, geralmente, na segunda quinzena de novembro, mas este ano, como a chuva chegou mais cedo, os produtores decidiram antecipar o plantio.
O produtor Oliveiros Martins de Andrade explicou que plantar mais cedo tem vantagens. Desde quando entrou a chuva tem que plantar porque vai colher mais cedo e pode fazer um safrinha depois. Às vezes, pega até um preço melhor primeiro que os outros, falou.
Dos 150 hectares que ele reservou para o feijão das águas em Lagoa Formosa, no Alto Paranaíba, a metade foi plantada há dez dias. As plantas começam a mostrar vigor, sinal de que a colheita será boa.
Na safra das águas, Minas Gerais é o segundo maior produtor brasileiro de feijão. Só perde para o Paraná.
